Em meio às composições no Congresso Nacional, há uma em aberto para consolidar as lideranças da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva: a dos vice-líderes do governo no Senado. Os grupos são pluripartidários, ou seja, para além de nomes do PT. Com a lacuna, o chefe do Executivo corre o risco de perder força nas articulações para vitórias desejadas no plenário da Casa.
As formações na Câmara e no Congresso estão ratificadas, com 15 parlamentares na Câmara dos Deputados e 10 no Congresso. Por ora, no Senado, seu único líder oficial é Jaques Wagner (PT-BA). Ontem, Lula recebeu seu líder no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e os respectivos vice-líderes, em uma agenda oficial.
"Hoje, tive uma boa conversa com o senador Randolfe sobre o futuro do Brasil", disse Lula, no Palácio do Planalto, após o encontro.
Na Câmara, as vice-lideranças do governo haviam sido anunciadas no início de fevereiro. Os nomes substituem o líder José Guimarães (PT-CE), quando necessário. As vice-lideranças têm como função atuar nas comunicações de interesse de Lula, bem como em diálogos que contribuam para projetos de interesse do petista nas Casas e no Congresso.
O governo Lula, por exemplo, não deseja que haja abertura da Comissão Parlamentar Mista da Inquérito (CPMI) nem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro, seja na Câmara, seja no Senado.
Randolfe Rodrigues comentou a respeito da intenção da oposição no Congresso. "O objetivo dessa comissão é que não haja investigação. Eles só buscam obstruir as investigações em andamento, que apuram a responsabilidade de quem praticou os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023", manifestou-se, referindo-se às assinaturas conseguidas por deputados e senadores para a instalação da CPMI.
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