Após o recolhimento de 222 assinaturas de parlamentares, sendo 189 deputados e 33 senadores, o grupo da oposição que encabeça o pedido para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as manifestações de 8 de janeiro fez ato para cobrar a instalação da investigação. O pedido foi protocolado na segunda-feira (27/2) pelo deputado André Fernandes (PL-CE).
“Nenhum desses senadores e deputados se sentem representados por aqueles vândalos que fizeram aquilo no 8 de janeiro. Mas estamos aqui para saber a verdade. Foram extremistas? Foram infiltrados? Houve omissão? O que de fato aconteceu no 8 de janeiro?”, indagou. O deputado reiterou que, conforme o regimento do Congresso Nacional, ao conseguir as assinaturas de de cada casa — 171 deputados e 27 senadores — a CPMI seria instalada. Porém, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que levará a questão ao colégio de líderes.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que há centenas de pessoas presas pelos atos que “precisam ter um desfecho de suas situações”. Para isso, Marinho defendeu a individualização das condutas. “Defendemos que haja individualização das condutas para que ao longo desses 40 dias as pessoas que efetivamente tenham suas imagens resgatadas das câmeras de segurança dos três órgãos, e que as devidamente identificadas sejam processadas e punidas dentro da lei. E que as demais sejam liberadas, porque é assim que reza a construção do nosso Estado de Direito”, concluiu.
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Os parlamentares pedem, ainda, que sejam investigadas omissões das autoridades diretamente envolvidas. “É importante que não haja seletividade na análise desse fato tão pernicioso. É necessário que as luzes sejam acesas e que as ações e omissões de todas as autoridades e de todos os níveis de governo possam ser elucidadas para que possamos ter um quadro completo e real do que de fato aconteceu naquele dia. E quem tem culpa, ou por incitamento, ou por patrocínio, ou por omissão, que possa ser exemplarmente punido, mas que possamos separar o joio do trigo”, defendeu o senador Rogério Marinho.
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