Jornal Correio Braziliense

Justiça

Maioria do STF acompanha Gilmar para manter suspenso porte de arma de Zambelli

Até as 15h tinham votado no plenário virtual do STF Moraes, Lewandowski, Toffoli, Fachin e Barroso. Faltam Mendonça, Nunes Marques, Fux, Cármen Lúcia e Rosa Weber

Mantendo o perfil de decisões de plenário ligadas a nomes bolsonaristas, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (17/2), para manter a decisão de Gilmar Mendes que derruba o porte de arma de Carla Zambelli (PL).

Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Edson Fachin e Roberto Barroso tinham votado até as 15h. Faltam votar André Mendonça, Nunes Marques, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Rosa Weber, esta presidente do STF. Os três últimos ministros tendem a votar com a maioria. O placar mais provável é de 9 a 2.

Até o fim do julgamento virtual, contudo, às 23h59 de hoje, ainda cabem pedidos de vista, de destaque e de outros remédios processuais, que paralisariam a discussão. Neste caso, a probabilidade é que, uma vez sendo apresentados, seja por iniciativa de André Mendonça ou Nunes Marques, indicados por Jair Bolsonaro (PL), de quem Zambelli é aliada.

Diante de um recurso da defesa, o ministro tinha fechado cautelar no início deste mês pela suspensão e pelo recolhimento das armas da deputada federal. Um dia antes das eleições de 2022, a parlamentar sacou uma arma e perseguiu um homem com o argumento de que havia sido agredida fisicamente.

Limites da legítima defesa

Vídeo publicado nas redes sociais minutos após a discussão do ano passado, contudo, mostraram que o homem não havia agredido a parlamentar e que não estava armado. Em plenário virtual que começou na madrugada desta sexta, Gilmar apontou que, pelos documentos juntados à ação, por vídeos, declarações da investigada e materiais já colhidos, há indícios suficientes de autoria de pelo menos seis delitos cometidos por Zambelli.

O uso de arma de fogo ultrapassando os limites da legítima defesa é um deles. O inquérito teve início a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os julgamentos em plenário virtual têm sido mais constantes do final do ano em diante, após mudança no Regimento Interno do STF, a fim de dar celeridade a processos.

Há, na Corte, a tese de que uma decisão liminar precisa ser analisada pelos pares, para que não fique “solta”, gerando assim segurança jurídica às partes envolvidas.

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