O ministro da Casa Civil, Rui Costa, nomeou nesta segunda-feira (13/2) o delegado Rodrigo Morais Fernandes para comandar o setor de inteligência da Polícia Federal (PF). O novo diretor de inteligência da corporação foi o agente responsável pela primeira fase das investigações da facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a campanha de 2018, na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
A conclusão das apurações chefiadas por Rodrigo Morais foi a de que o autor do atentado, Adélio Bispo, agiu sozinho e, portanto, não seguiu ordens. À época em que iniciou as investigações, em setembro de 2018, Rodrigo Morais chefiava o grupo de Combate ao Crime Organizado da PF em Minas Gerais.
“Ficou claro que o motivo [do atentado] era o inconformismo político do senhor Adélio com os projetos políticos do candidato. A conclusão é que no dia desse ato, Adélio agiu desacompanhado de qualquer pessoa, não contou com a participação de ninguém”, afirmou.
Essa conclusão foi questionada por Bolsonaro, que sustentava a ideia de que o crime contra ele havia mandantes. O delegado, então, chefiou outra investigação e obteve a mesma conclusão: Adélio Bispo agiu sozinho e não houve mandante para o atentado contra o ex-presidente.
Em 2019, uma nova perícia concluiu que Adélio tinha transtorno delirante persistente e por isso não poderia ser punido pelo crime. Assim, ele foi afastado do convívio social e está até hoje, quatro anos após o atentado, internado em um presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
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Mudanças
Rodrigo Morais deixou o posto que ocupava, na PF, para comandar o grupo oficial de ligação da Polícia Federal junto à força tarefa de El Dorado, no escritório da Homeland Security Investigations (HSI), em Nova York em fevereiro do ano passado. A nomeação, na época, foi assinada pelo então diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino. Atualmente, esse cargo é ocupado pelo delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues.
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