A ministra da Saúde, Nísia Trindade, declarou nesta sexta-feira (10/2) que o modelo de fomento a ações populares de combate à covid-19 implementado no Rio de Janeiro deve servir de referência para outras ações em saúde no país, especialmente em regiões mais vulneráveis.
"Essa experiência do Rio é uma referência para nós e a ela se soma a atividades que foram feitas com populações de periferia em todo Brasil. Ações que acompanhei pela Fiocruz e de outros movimentos sociais. Vamos fazer uma sinergia de todas elas para uma ação nos territórios vulneráveis", declarou a ministra em evento na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) sobre o Dia Estadual de Mobilização para o Enfrentamento à Covid-19 e seus Impactos nas Favelas e Periferias do Rio.
Segundo a ministra, a pasta quer coordenar ações similares ao que foi desenvolvido dentro de comunidades cariocas para outras regiões do país. Durante a pandemia, movimentos sociais desenvolveram soluções para o combate à doença e assistência aos moradores. Em 2021, a Fiocruz lançou uma chamada pública para apoiar e investir nessas ações, que beneficiaram cerca de 200 mil pessoas no estado.
"São cenários muito diversos no Brasil, mas temos em comum a visão que será feita uma construção conjunta com o Estado, por meio do Ministério da Saúde, e a sociedade, por meio dos vários coletivos e movimentos sociais", disse ainda Nísia Trindade.
Segundo o coordenador-executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, Richarlls Martins, o fomento às ações populares surpreendeu pelo seu resultado por "como, em tão pouco tempo, foi possível qualificar as respostas emergenciais para o enfrentamento da pandemia nas favelas, orientando um novo paradigma a ser constituído de saúde integral nas periferias".
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