O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira (8/2) a criação de uma frente ampla de Conselho Político com líderes de partidos e da base no Congresso. A declaração ocorreu após reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os líderes das siglas no Palácio do Planalto.
Segundo Padilha, 16 presidentes de legendas “comporão uma frente ampla de construção política de esforço de união e reconstrução do país”.
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Diálogo permanente
Em indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Padilha afirmou que “aquela era que existia aqui no Palácio do Planalto de alguém que dizia que ia fuzilar a oposição acabou”. O ministro completou que a ideia é de que o fórum seja permanente, regular e se reúna mensalmente.
“Estamos constituindo uma frente ampla de partidos de diálogo e de debate, e, além desses 16 partidos, também vamos manter um diálogo permanente com aqueles partidos que hoje se declaram de oposição ao governo e que de alguma forma não quiseram participar do governo. Teremos um diálogo não só no debate no Congresso, mas como em relação a governadores, prefeitos e sociedade”.
“A ideia é que a gente possa manter isso de forma regular, tentar fazer isso de forma mensal e sempre com a ideia de que esse ambiente de diálogo com partidos, presidentes de partidos, líderes da Câmara e do Senado de cada partido, além dos três líderes de governo”, continuou.
Padilha enfatizou que Lula “tem feito questão de falar que quer ter diálogo permanente”. “Essa dinâmica desse fórum não impede, não interfere na dinâmica que nós vamos ter nas duas Casas de diálogo com as lideranças”, disse citando a primeira reunião dos líderes de governo e dos partidos que compõem a base do governo na Câmara, prevista para as 19h.
Ataques terroristas
Por fim, Padilha lembrou que hoje completa um mês dos atos extremistas na Praça dos Três Poderes e destacou que a “política foi feita para que divergências não terminassem em guerra”.
“Hoje completamos 30 dias daquele ataque terrorista à Praça dos Três Poderes. Essa sala que estamos reunidos foi violentada de forma absurda pelos atos terroristas. Quem estava aqui (Palácio do Planalto) no dia 8 como eu, Rui Costa, Lula, nós vimos a situação que estava esse espaço, no Congresso, no STF (Supremo Tribunal Federal). Foi a política, a institucionalidade, a política, a democracia que estancou uma tentativa de golpe que estava orquestrado nesse país. Agradeço. Nós mostramos, e o Brasil mostrou, que a humanidade criou a política para que as nossas divergências não terminassem em guerra”, concluiu, citando a rápida ação dos Poderes frente à movimentação golpista.
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