O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta sexta-feira (3/2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as medidas econômicas adotadas pela atual gestão. "Sem emprego, sem picanha e sem cerveja".
Durante participação no "Power of the People", organizado pelo Turning Point USA, organização estudantil de extrema direita, em Miame, o ex-chefe do Executivo respondeu uma pergunta sobre "o perigo de Lula para a economia" do Brasil. Bolsonaro alegou ter criado mais de 200 mil empregos por mês, mas apontou que com Lula foram perdidos 430 mil vagas. No entanto, os números citados por ele são referentes ao mês de dezembro de 2022, quando ele ainda era presidente do país.
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apenas em dezembro do ano passado, foram fechados 431.011 empregos formais, com perdas em todos os cinco setores da economia. O estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, atingiu 42,7 milhões, queda de 1% em relação a novembro.
"Eu vou dar apenas um dado, um número e os números são incontestáveis. Vinhamos criando ao longo de 2022 uma média um pouco acima de 200 mil empregos por mês. Em dezembro, agora com o governo outro assumindo, perdemos 430 mil empregos. Geralmente, essas pessoas são as mais pobres. Gostaria que fosse diferente, mas entendo que em janeiro [fevereiro] teremos também uma grande perda de empregos e isso é muito ruim para nós no Brasil. Sem emprego, sem picanha e sem cerveja".
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Bolsonaro emendou, no entanto, ter "pena" de eleitores da esquerda. "Mas no fundo, a gente fica com pena dessas pessoas, porque são pessoas humildes que são enganadas", afirmou sendo ovacionado por apoiadores.
Por fim, disse não ver com bons olhos o direcionamento econômico do petista. "Não vejo com bons olhos o futuro da nossa economia com as medidas adotadas pelo atual governo e é a economia que dita o futuro de um regime", concluiu.
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