Jornal Correio Braziliense

Democracia em Risco

Do Val chama Bolsonaros de 'parceiraços' e defende abertura de CPI

Em live em suas redes sociais, nesta sexta (3/2), o senador declarou, ainda, que as informações desencontradas à imprensa são "para ludibriar o inimigo"

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) classificou nesta sexta-feira (3/2) o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de "parceiraços" e disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) "está sendo comunicado" sobre a repercussão das falas recentes de do Val. O senador denunciou nesta semana que participou de reunião com o ex-presidente e com o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), na qual foi discutida um possível golpe de Estado.

Do Val afirmou ainda que as declarações desencontradas que vem dando à imprensa são intencionais, “para ludibriar o inimigo”, e defendeu a abertura de uma CPI para investigar os atos antidemocráticos. O senador ainda declarou que seu objetivo “é deixar claro o crime de prevaricação dos ministros e do atual presidente da República [Lula]”, citando, durante a live, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

“[Jair Bolsonaro] está sendo comunicado, gentilmente disponibilizou o ministro da Comunicação dele. Flávio Bolsonaro, parceiraço, Eduardo Bolsonaro, parceiraço, então fiquem tranquilos que nós estamos trabalhando de forma estratégica”, disse do Val em live transmitida nas suas redes sociais. “Não tem nenhum movimento de tentar descredibilizar o presidente, não tem absolutamente nada nesse sentido”, disse ainda, agradecendo o apoio da família Bolsonaro e de ex-ministros. Do Val não citou nomes, mas o ministro das Comunicações de Jair Bolsonaro era Fábio Faria. O senador não disse que atuação o ex-ministro está tendo.

O caso começou quando, na madrugada da quinta-feira (2/2), do Val declarou durante uma live que Bolsonaro o teria coagido a tentar dar um golpe de Estado. Desde então, porém, o senador mudou de versões constantemente, minimizando a participação de Bolsonaro. Segundo o parlamentar, ele participou de uma reunião com Bolsonaro e Silveira, no qual discutiram uma estratégia para gravar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que, supostamente, admitiria ter agido de forma irregular durante as eleições de 2022.

Inicialmente, na live de hoje, do Val disse que não pode passar todas as informações à imprensa por motivos de sigilo, e argumentou que a imprensa está criando uma narrativa de que ele está se contradizendo. Logo depois, o senador revelou que “nós soltamos informações, para cada emissora de uma forma, exatamente para ludibriar o inimigo”.

Sobre os alegados documentos sigilosos, do Val disse que, durante o depoimento à PF ontem, ele pôde citar todas as informações. “Foi uma reunião de amigos, onde nós conseguimos colocar tudo passo a passo”, afirmou o senador sobre o depoimento à PF. "Não mostrei nenhuma conversa do Bolsonaro, não mostrei e não permiti (que a Polícia Federal visse) conversas com o Flávio nem com o Eduardo Bolsonaro”, afirmou ainda.

Sobre sua atuação, do Val cita que age de forma estratégica, e não política. “Meu objetivo é deixar claro o crime de prevaricação dos ministros e do atual presidente da República”, frisou, citando especificamente, durante a live, o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

 

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