Com a recondução de Rodrigo Pacheco (PSD) para a Presidência do Senado, no fim da tarde desta quarta-feira (1º/2), parlamentares bolsonaristas que cravaram a vitória de Rogério Marinho (PL) mostraram que não conseguiram compreender a articulação dentro da Casa — ou que, no mínimo, são ruins de palpite.
Uma das representantes mais emblemáticas do bolsonarismo dentro da Casa, a senadora e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos-DF) disse ter certeza que Marinho ganharia a disputa com 45 votos. A pastora, que atuou na campanha do senador, ainda negou querer cargo na Mesa Diretora da Casa, caso o bolsonarista ganhasse o posto.
Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deu um palpite semelhante: na entrada do plenário do Senado nesta quarta-feira (1º/2), o senador afirmou ao Correio que a bancada do Partido Liberal contabilizou ao menos 43 votos para Marinho.
Já a bancada do PL afirmou, na segunda (30/1), que já tinha 41 votos confirmados em Marinho. Os parlamentares afirmaram, ainda, que até o dia da votação seria possível conquistar mais votos.
Além da articulação dos parlamentares bolsonaristas para conquistar votos para Marinho, a campanha do ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro foi incrementada, nesta quarta-feira (1º/2), pela presença de Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente. Fontes do Estado de Minas afirmam que a ex-primeira-dama estava no local para pedir votos para o senador.
No entanto, os palpites — e as articulações — da vitória de Marinho não obtiveram sucesso. Pacheco foi eleito com 49 votos. A quantidade de parlamentares que apoiaram o senador mineiro está em concordância com a previsão do líder do governo Lula (PT) no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que afirmou que o candidato à reeleição teria entre 46 e 50 votos.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!