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Esplanada será fechada para posse no Congresso; veja mudanças

De acordo com o protocolo elaborado, o policiamento em toda a região da Esplanada será reforçado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), com ações que contemplam todos os eventos oficiais

A Secretaria de Segurança Pública do DF divulgou um protocolo de ações integradas para a posse de deputados e senadores e eleição das Mesas Diretoras das duas Casas, marcadas para hoje. As ações preveem o fechamento da Esplanada dos Ministérios e reforço do policiamento.

O documento define ações direcionadas ao início dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também hoje, e ano legislativo, que começa amanhã.

De acordo com o protocolo elaborado, o policiamento em toda a região da Esplanada será reforçado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), com ações que contemplam todos os eventos oficiais.

"Unidades especializadas da corporação e da Polícia Civil do DF (PCDF), como as tropas de choque, cavalaria, operações aéreas, policiamento com cães e operações especiais, estarão em condições para apoio, caso seja necessário. Os prédios públicos contarão, ainda, com segurança própria e gradis", diz o documento.

Nos dois dias haverá reforço do policiamento, com tropas especializadas e intervenções no trânsito em toda região central de Brasília. A Esplanada dos Ministérios teve o trânsito de veículos suspenso desde as 23h59 de ontem. Somente servidores, autoridades e convidados poderão acessar o espaço.

Também está proibida a utilização de drones na região da Esplanada, exceto aqueles das forças de segurança e autorizados. As medidas de policiamento incluem reforço da segurança nas estações do metrô, rodoviária e Aeroporto Internacional de Brasília, além de efetivo reforçado nas delegacias. Equipes de atendimentos de emergência e combate a incêndios atuarão no local.

As decisões tomadas ocorrem na esteira dos ataques aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro. Sem atuação ostensiva da Polícia Militar, golpistas pediram intervenção militar e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em reação, decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.

"Tenho plena confiança nas forças de segurança do DF que, de forma integrada e coordenada aos órgãos envolvidos, atuarão na segurança e na mobilidade para que os eventos, tão importantes e representativos para nossa democracia, ocorram de forma organizada e pacífica", afirmou o novo secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar.

Ricardo Cappelli, que encerrou ontem a função de interventor federal na Segurança Pública do DF, agradeceu a Lula e ao ministro da Justiça, Flávio Dino pela confiança. "Foram dias duros. Tive que tomar decisões importantes no calor dos acontecimentos. Fiz o meu melhor, espero ter acertado. Retorno ao MJSP com o sentimento de dever cumprido", escreveu nas redes sociais.

Dino também mencionou o fim da intervenção "decretada pelo presidente Lula em hora difícil". "A história mostrará com muita nitidez o que foi o dia 08/01. Parabenizo o nosso secretário-executivo (do ministério) Ricardo Cappelli pelo excelente desempenho como interventor", acrescentou.

A governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP), reconheceu o trabalho de Cappelli. "Fim da intervenção da Segurança Publica no DF. Recebemos a missão com responsabilidade que o momento exige. Agradeço ao interventor Ricardo Cappelli pela forma sempre republicana que conduziu esse processo", postou.