Durante o lançamento do 'Movimento Nacional pela Vacinação', na tarde desta segunda-feira (27/2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu uma dose bivalente da vacina contra a covid-19 aplicada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e mostrou ao público presente o cartão de vacinação. "Eu tenho 77 anos e tomei minha quinta vacina. E se tiver a sexta, vou tomar a sexta. Se tiver a sétima, vou tomar a sétima. Eu tomo vacina porque eu gosto da vida, porque a vida é um dom maior que Deus nos deu", disse o presidente.
A aplicação ocorreu em um Unidade Básica de Saúde (UBS) no Guará, em Brasília. Lula ainda repudiou o negacionismo contra a eficácia dos imunizantes. "Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um gesto de responsabilidade", disse. "Que a gente não acredite no negacionismo, nem bobagens que se fala contra a vacina", completou.
Os gestos de Lula no evento mostram o contraste com a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que determinou sigilo de 100 anos no cartão de vacinação dele. Além disso, Bolsonaro repetiu diversas vezes que não tomou a vacina contra covid-19.
No entanto, a Controladoria-Geral da União (CGU), responsável pela análise dos sigilos impostos por Jair Bolsonaro (PL), identificou que há registro de vacinação contra a covid-19 em nome do ex-presidente. A imunização teria sido feita no dia 19 de julho de 2021, com o imunizante da Janssen, na Unidade Básica do Parque Peruche, bairro de São Paulo.
Agora, a CGU investiga se a informação é real ou se o comprovante foi adulterado. "Considerando que a investigação é sigilosa e não está concluída, a CGU submeteu a matéria à avaliação de sua Consultoria Jurídica para emitir parecer quanto à viabilidade de divulgação da decisão sobre o sigilo relacionado a esse tema, por estar em curso a apuração correcional", informou a CGU, por meio da assessoria.
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