Governo deve excluir 1,5 milhão de beneficiários irregulares do Bolsa Família

Remoção ocorrerá ainda em março e foi divulgada nesta sexta-feira (24/2) pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Victor Correia

postado em 24/02/2023 16:20 / atualizado em 24/02/2023 16:23

(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome divulgou nesta sexta-feira (24/2) que 1,5 milhão de beneficiários do Bolsa Família serão removidos do programa por irregularidades cadastrais. Segundo a pasta, os cadastrados recebem renda acima do limite para receber o auxílio, e 400 mil são formados por registros unifamiliares, ou seja, que se registraram como morando sozinhos.

“Já agora, em março, vamos tirar mais de 1,5 milhão dos cerca de cinco milhões em que estamos focados. Temos segurança de que essas não preenchem os requisitos”, declarou o ministro Wellington Dias. Ele ressaltou ainda que a pasta quer retirar as pessoas que recebem indevidamente o Bolsa Família e incluir no programa os necessitados.

"Com a busca ativa e a rede do Sistema Único de Assistência Social, que é muito preparada e muito competente, nós temos condições agora de trazer também para o recebimento quem tem o direito e estava na fila, estava fora", acrescentou. "A decisão do presidente Lula é dar a mão a essas pessoas e trazê-las para o programa. Aproximadamente 700 mil já entrarão agora em março”, completou.

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Ministério revisa cerca de 5 milhões de cadastros

O ministério está realizando um "pente-fino" no Cadastro Único, banco de dados utilizado para o pagamento dos benefícios sociais. O foco principal da pasta são 5 milhões de beneficiários que se declararam morando sozinhos, mas que podem morar com a família. Dessa forma, vários membros da casa poderiam receber o benefício de forma separada, o que vai contra as regras do Bolsa Família.

A pasta afirmou ainda que, até o momento, 2.265 famílias que recebiam o valor de forma irregular deixaram voluntariamente o programa, após ferramenta instalada na semana passada no aplicativo. O governo incentiva os beneficiários a, caso percebam que estão recebendo de forma indevida, deixem o auxílio. Até o fim do ano, os 5 milhões de beneficiários unifamiliares serão convocados a, em seus municípios, atualizarem presencialmente seus dados.

A informação foi adiantada nesta sexta durante uma entrevista à Globonews. O Correio procurou o ministério para confirmar a retirada dos beneficiários, o que ocorreu por meio de nota divulgada pela pasta.

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