O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) pediu formalmente, nesta quinta-feira (23/2), que a composição da Comissão Externa Temporária que acompanha a crise no Território Indígena (TI) Yanomami seja revista. A entidade argumenta que três senadores que integram a comissão “têm envolvimento explícito na defesa do garimpo” dentro da terra yanomami.
“A maioria formada pelos três senadores de Roraima deslegitima e desvirtua a missão da Comissão Externa devido ao envolvimento explícito deles na defesa do garimpo dentro da TI Yanomami, atividade criminosa cujas consequências e impactos ficaram evidentes para toda a sociedade brasileira.”
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A entidade repudiou, ainda, a presença dos parlamentares na comissão externa. “Solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias para a recomposição da comissão ou, inclusive, para reconduzir ou reconsiderar a própria iniciativa para evitar que um mecanismo importante seja instrumentalizado a serviço de interesses contrários à sua própria missão, o que contribuiria ao descrédito sobre estas diligências.”
Para o Cimi, a manutenção da Comissão Externa Temporária com a atual composição “mancha a imagem do Senado e do Congresso Nacional e os coloca na contramão do necessário esforço coletivo de todas as instituições democráticas para atender a gravíssima situação na TI Yanomami e recuperar políticas públicas fundamentais destruídas durante o governo anterior”.
A comissão foi instalada pelo Senado Federal no último dia 15, composta pelos senadores Chico Rodrigues (PSB-RR), presidente da comissão; Eliziane Gama (PSD-MA), vice-presidente; Hiran Gonçalves (PP-RR), relator; além de Humberto Costa (PT-PE) e Mecias de Jesus (Republicanos-RR).
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