Chuvas

4 milhões de brasileiros moram sob risco altíssimo de desastre, diz ministro

Segundo Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, a Defesa Civil brasileira é bem estruturada, mas alguns municípios precisam se organizar melhor

Victor Correia
postado em 21/02/2023 20:42
 (crédito: Reprodução/Twitter)
(crédito: Reprodução/Twitter)

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, declarou nesta terça-feira (21/2) que quatro milhões de brasileiros vivem em áreas de altíssimo risco de desastres, segundo levantamento da Defesa Civil. Ao todo, são 14 mil áreas de risco. O ministro comentou ainda as ações de resgate e proteção às vítimas das chuvas no litoral norte de São Paulo, que já deixaram 46 mortos.

"São mais de 600 homens e mulheres atuando no resgate de pessoas, limpando, desobstruindo estradas, encontrando mortos, levando pessoas para hospitais, distribuindo água, transportando gente com aeronaves. Então, tudo isso já é força tarefa da Defesa Civil integrada. É o governo federal do presidente Lula, o governo municipal e o governo estadual", disse o ministro em entrevista à Agência Brasil.

Góes foi ontem (20/2) à região do desastre, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros ministros. As chuvas, com maior volume registrado na história brasileira, causaram deslizamentos de terra, enchentes e deixaram famílias ilhadas.

O ministro defendeu que o Brasil tem uma Defesa Civil bem estruturada, mas que alguns municípios precisam se organizar melhor para enfrentar os desastres. Góes afirmou ainda que há resistência da população que mora em áreas de risco de atender aos alertas. "É bom a gente lembrar quem está lidando com informações. As pessoas, às vezes, tendem a querer acreditar que não vai acontecer, então acabam ficando nas suas casas, ou se deslocando [aos locais de risco], como é o caso do litoral norte paulista, uma região belíssima, de turismo muito forte, sempre muito buscada nesses períodos", disse. Góes citou ainda que a Defesa Civil possui recursos para atuar, e precisa de planos de trabalho.

O secretário nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolff, que acompanhou o ministro à região, avalia que os próximos dias ainda serão de risco pela previsão do tempo. "Estão previstos entre 100 e 150 milímetros. Nós estivemos ontem lá [em São Sebastião] e o dia estava bastante tranquilo, ensolarado. Mas, à noite, a gente sabe que caiu uma chuvinha. Para a região da Serra da Mantiqueira, a previsão para hoje é em torno de 250 milímetros", completou. 

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