A Controladoria-Geral da União (CGU), responsável pela análise dos sigilos impostos por Jair Bolsonaro (PL), confirmou que há registro de vacinação contra a covid-19 em nome do ex-presidente. A informação foi dada pelo ministro da pasta, Vinícius de Carvalho, em entrevista ao canal da CNN.
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De acordo com o ministro, a informação consta em ofícios trocados entre a CGU e o Ministério da Saúde. A Controladoria havia questionado a pasta se Bolsonaro havia recebido uma dose da vacina Janssen, em 19 de julho de 2021.
“Esse registro existe. Pelo menos pelo que a gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como negar”, pontuou à CNN.
Apesar do indício, Vinícius informa que uma investigação está em curso para saber se o registro é válido ou o cartão de vacinação foi adulterado. Dessa forma, não é possível, ainda, cravar que o ex-presidente tomou o imunizante contra o vírus que matou mais de 698 mil pessoas no Brasil. De acordo com o ministro, uma denúncia feita em 2022, que sugere uma adulteração no cartão de Bolsonaro, foi acolhida e uma investigação foi aberta em 30 de dezembro.
“Se há anotações no cartão de vacina dele [Bolsonaro], do DataSUS, de que ele se vacinou e se houver uma inserção indevida de anotações sobre a vacina dele, seja no sentido de colocar informações de que ele se vacinou ou de retirar informações relativas à sua vacinação, nossa expectativa é que, com a apuração, a gente descubra se isso aconteceu”, destacou.
Sigilos
No dia 3 de fevereiro, a CGU anunciou que analisará 234 casos de sigilo impostos por Bolsonaro. Na avaliação do órgão, os sigilos são considerados "indevidos" e a análise dos processos vai ocorrer nos próximos dias.
A análise dos processos ocorre após um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia da posse, que pede a revisão dos sigilos de 100 anos impostos pelo governo Jair Bolsonaro.
De acordo com a CGU, nos quatro anos de governo Bolsonaro, 64,5 mil pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) foram negados. O argumento era de que as informações não podiam ser passadas por questões de "segurança".
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