O formato de divisões das presidências das comissões permanentes do Senado Federal não vai seguir a mesma lógica que a praticada na Câmara dos Deputados, que na terça-feira (14/02) deu oficialmente o pontapé inicial para discutir o tema. As conversas vão refletir, em menor medida, o cenário da eleição para a presidência da Casa, em que Rodrigo Pacheco (PSD-MG) saiu vencedor.
Ao passo em que entre deputados as distribuições objetivam agradar a todas as legendas, independente de terem apoiado a recondução de Arthur Lira (PL-PP) como presidente, no Senado, a costura aponta para o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), priorizando o bloco com partidos aliados de primeira linha no rateio.
- Partidos querem comissões na Câmara que sejam das áreas de seus ministérios.
- Lira transforma cinco comissões em 10 para cumprir promessa de boa vizinhança.
Após a distribuição que vai considerar as escolhas de cada sigla do grupo, as que “sobrarem” serão oferecidas a legendas não aliadas, como PL, PP e Republicanos. Há, contudo, a possibilidade regimental, portanto hipótese, de que candidaturas avulsas sejam lançadas por quem não está na base de Pacheco.
As agendas dos diálogos para as divisões também ocorrem de maneira: no Senado, não houve encontro para que os líderes partidários expusessem suas escolhas. Na Câmara, sim. Entre senadores, há expectativa de que a reunião inaugural ocorra após o Carnaval.
Depois das definições sobre que partidos ficarão com quais comissões, as discussões internas das bancadas vão dar conta dos escolhidos para as indicações. Ainda em debates, nomes como os de Paulo Paim (PT-RS), Renan Calheiros (MDB-AL) e Flávio Arns (PSB-PR) estão cotados para Direitos Humanos, Relações Exteriores e Educação, respectivamente.
A Comissão das Relações Exteriores (CRE), contudo, é alvo de uma das senadoras do PSD. Há também mudanças a serem consolidadas, a exemplo do fim da Comissão do Futuro para a criação da Comissão Permanente da Democracia, que terá nomes alinhados ao governo. Um dos possíveis é o de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso.
A composição das presidências a ser consolidada na Câmara também será base para as deliberações do Senado, com o objetivo de equilibrar a balança das comissões e assim evitar polarizações, facilitando assim o governo Lula.
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