O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu, nesta quarta-feira (15/2), a transparência das contas públicas e os “ganhos institucionais” da instituição nos últimos anos. Campos Neto participou de sessão do Congresso Nacional em homenagem aos 130 anos do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele ainda ressaltou a parceria com o TCU durante sua gestão à frente do BC.
“A transparência na administração das contas é um enorme serviço que fazemos não só na máquina pública. Acho que isso a gente precisa aperfeiçoar com parcerias. O avanço nos ganhos institucionais devem ser mantidos. Quantas vezes é enfatizado cada ganho institucional que o país tem. Nossa parceria com o TCU gerou aprendizado mútuo”, disse Campos Neto.
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O presidente do BC também comentou que diminuir a burocracia é outra prioridade da autoridade em política monetária brasileira e mencionou o considera feitos importantes de sua gestão, sobretudo em buscar soluções para a sociedade durante o período de pandemia.
“O BC fez o maior programa de liquidez de capital da história. Quando a gente começou a entender que teríamos um problema, a pergunta foi: o que poderíamos fazer? O grande desafio hoje é como atingir um crescimento sustentável. Isso é o que move o BC, na parceria com o TCU, a gente precisa acelerar todos os programas que temos na agenda com o foco social. Tem um elemento muito democratizante que é a tecnologia. Ela diminui o custo de intermediação. Isso tem sido um tema de constante conversa com o TCU”, disse.
“Um outro tema é diminuir a burocracia. Como a gente pode fazer a burocracia diminuir. Fizemos uma agenda de fintechs enorme. Vale lembrar que em 2020 o crédito para microempresas cresceu 51%. Mostra que os programas foram eficientes, as pequenas empresas cresceram, e a gente teve um enorme ganho de passar pela pandemia”, acrescentou.
Por fim, Roberto Campos Neto disse que o banco precisa trabalhar para ter uma política fiscal equilibrada, mas com um olhar “especial” para o social. “Hoje o que a gente precisa concentrar é ter uma disciplina fiscal entendendo que precisamos ter um olho mais especial no social. Quanto mais transparente e eficiente o público for, seremos mais aptos e capazes de captar recursos privados”, concluiu.
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