Legislativo

Câmara aprova MP que diminui alíquota do IRRF sobre remessas do exterior

Medida enviada pelo governo Bolsonaro no ano passado recebeu apoio também do governo Lula

Raphael Felice
postado em 14/02/2023 21:45 / atualizado em 14/02/2023 21:45
 (crédito: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)
(crédito: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou uma medida provisória que estabelece benefício fiscal sobre a remessa de recursos no exterior, em até R$ 20 mil, para cobertura de gastos pessoais de brasileiros em viagens internacionais. A medida vai para apreciação do Senado.

Assinada por Jair Bolsonaro (PL) no ano passado, a medida recebeu também apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a conversão da MP em lei, a medida reduz a alíquota do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) de 25% para 6% até o dia 31 de dezembro de 2024. A cada ano seguinte, a medida será elevada em um ponto percentual, ou seja, irá para 7% em 2025, 8% em 2026 e 9% em 2027. A partir de 2028 a alíquota volta ao valor de 25%.

A redução do IRRF sobre remessas foi adotada para estimular o turismo, um dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19. O tributo é cobrado, por exemplo, nas compras de pacotes de viagens e de passagens aéreas quando não há acordo do Brasil com o país de destino.

Segundo os argumentos apresentados pelos dois governos, a medida é importante para manter a competitividade de empresas e agências de viagens nacionais com relação ao exterior, após a pandemia da covid-19. O relator da MP 1138/22, deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), a medida "transcende" questões ideológicas ao receber apoio da Casa e de dois governos diferentes de maneira geral.

“As empresas nacionais do ramo turístico, para que elas tenham capacidade de competir pós-pandemia da covid-19, e também competir com um mercado altamente competitivo que as empresas brasileiras enfrentam do mercado internacional. Hoje há uma proliferação enorme de site e é preciso que nós tenhamos tratamento tributário competitivo para que as empresas nacionais possam competir internacionalmente. Muitas vezes esses sites possuem condições tributárias muito melhores”, disse o relator.

“Aprovar MP de outro governo entendida por este governo como vital para a sobrevivência das empresas de turismo nacional. Foi construído acordo com todos os partidos, por entendermos que é uma medida que transcende o calor das discussões políticas é uma MP de salvação do turismo nacional”, acrescentou.


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