CÂMARA DE BH

Quem é a vereadora empossada com cachorro no colo, no lugar de Léo Burguês?

Janaína Cardoso, ex-esposa de Marcelo Álvaro Antônio, assumiu mandato após regularizar pendências como multa cobrada pela Justiça Eleitoral

Guilherme Peixoto - EM
postado em 14/02/2023 10:01 / atualizado em 15/02/2023 12:56
 (crédito: Barbara Crepaldi/CMBH)
(crédito: Barbara Crepaldi/CMBH)

Filiada ao União Brasil, a arquiteta Janaína Cardoso tomou posse como vereadora de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (13/2). Ela assumiu a vaga deixada pelo correligionário Léo Burguês, que renunciou ao mandato na semana passada, em meio a denúncias sobre supostas "rachadinhas" de salário na Câmara Municipal.

Janaína protagonizou a oitava posse deste ano - a primeira por causa de uma renúncia. Ela assumiu o cargo acompanhada pelo yorkshire Ralph, seu cão de estimação há 13 anos. Com o animal no colo, ela assinou o termo que oficializa o início das atividades legislativas.

"Agradeço a presença do Ralph, não é o primeiro animalzinho que vem aqui no Plenário e que não seja o último. Que este plenário esteja aberto a todas as criaturas", disse.

A posse de Janaína estava prevista para a semana passada, mas problemas com a documentação adiaram a cerimônia. Ela teve, inclusive, de quitar uma multa em aberto cobrada pela Justiça Eleitoral. O débito, de aproximadamente R$ 2,5 mil, surgiu por problemas na prestação de contas referentes à campanha de 2020.

A nova vereadora precisou, também, alterar os documentos pessoais. Isso porque ela se separou do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), com quem era casada, e voltou a utilizar o nome de solteira. Ela recebeu 3.717 votos e, por isso, ficou como primeira suplente do União Brasil.

Antes de Janaína, já haviam tomado posse, no início do mês, os vereadores Uner Augusto (PRTB), Bruno Pedralva (PT), Loíde Gonçalves (Podemos), Wagner Ferreira (PDT), Cida Falabella (Psol) e Maninho Félix (PSD). Todos assumiram por causa da eleição, para outras casas Legislativas, dos antigos ocupantes do cargo. Em janeiro, Sérgio Fernando (PL) foi chamado para compor a Câmara em virtude da morte de Walter Tosta (PL),

O 'caso' Léo Burguês

Veterano na Câmara, Léo Burguês renunciou na quarta-feira (8), instantes antes dos colegas decidirem se abririam, ou não, o processo de cassação dele por quebra de decoro parlamentar. O político do União Brasil é acusado, pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), de crimes como peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.

Além de Burguês, o inquérito enviado pela Polícia Civil ao Ministério Público aponta ilicitudes cometidas por outras oito pessoas ligadas ao ex-vereador. "Apesar da tranquilidade com relação aos fatos a mim imputados na questão jurídica, ontem me reuni com a minha família e, em atenção ao pedido deles, bem como de vários assessores que enfrentariam uma exposição comigo nesse processo, eu entendi que o melhor era renunciar aqui agora", falou ele, ao explicar a renúncia.

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