O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (10/2) que a invasão na Ucrânia foi "um erro da Rússia". A declaração ocorreu durante entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN internacional, durante viagem aos Estados Unidos para reunião com o líder americano, Joe Biden. O chefe do Executivo brasileiro relatou ainda ter negado o envio de munição para tanques das forças de Kiev, em resposta ao pedido feito recentemente pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, durante visita ao Brasil.
Lula foi questionado, na entrevista de hoje, se a Ucrânia teria o direito de se defender da invasão. "Lógico que ela (Ucrânia) tem direito de se defender, até porque a invasão foi um equívoco da Rússia. Ela não poderia ter feito isso, afinal de contas, ela faz parte do Conselho de Segurança Nacional. O que eu quero é dizer o seguinte: o que tinha de ser feito de errado já foi feito, agora é preciso encontrar pessoas para ajudar a consertar", disse em referência à diplomacia mundial.
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Busca pela paz
O petista disse também que tentará "encontrar um caminho para alguém falar em paz" e que não concordou com o envio das munições porque, se acatasse o pedido, o Brasil entraria na guerra. "Eu não quero entrar na guerra, eu quero acabar com a guerra."
"Eu sei que o Brasil não tem muita importância no cenário mundial, na lógica perversa dos conflitos do mundo, mas posso dizer que vou me dedicar para ver se encontro um caminho para alguém falar em paz. Eu estive com o chanceler alemão esses dias, me pediram para mandar munição. Eu não quis mandar porque eu falei 'se eu mandar, eu entrei na guerra'. 'Se eu mandar as munições que você está pedindo, eu entrei na guerra. E eu não quero entrar na guerra, eu quero acabar com a guerra'. Esse é o meu dilema e esse é o meu compromisso", concluiu.
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