A provável ida de Roberto Campos Neto faz parte de um procedimento padrão do Senado de, duas vezes por ano, convidar presidentes do Banco Central (BC) para reunião com parlamentares da Casa.
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Com base nessa prerrogativa, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), ainda sem data, planeja realizar um encontro com Campos Neto, para que o economista preste esclarecimentos sobre assuntos de competência da instituição, a exemplo da Selic, taxa básica de juros do país.
A informação é do senador Otto Alencar (PSD-BA), líder do partido e na iminência de deixar a presidência da comissão. O tema virou zona de guerra ao longo desta semana, após críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à manutenção da taxa em 13,75% por parte do Copom.
O PT, principal defensor no Congresso Nacional da ida de Campos Neto, vem adotando como justificativa para a "visita" de Neto a explicação técnica acerca da Selic e apontando que não se trata de invasão de competência e nem de tentativa de acabar com a autonomia do Banco Central.
Por se tratar de convite, o presidente do BC pode aceitar ou negar. Há também tentativa na Câmara de levar Campos Neto a Casa para esclarecimentos sobre o tema.
Presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), porém, já deixaram claro a defesa de autonomia do Banco Central, oficializada em 2021 por meio de aprovação de lei no Congresso Nacional.
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