Em reunião com presidentes de partidos e líderes da base aliada no Congresso, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo tem o direito de estabelecer sua política econômica. O chefe do Executivo relatou ainda que após visita ao EUA, viajará pelo país retomando obras paradas e falou em colocar a “roda gigante da economia para funcionar”.
"Depois da minha viagem aos EUA amanhã, a partir da semana que vem, pretendo fazer uma reunião com os ministérios, sobretudo com os ministérios ligados a infraestrutura porque já temos muitas coisas para anunciar, recomeço de obras que estão paralisadas há 15, 20 anos e que essa obras podem ser recomeçadas agora porque já tem projetos aprovados, já estão semiacabadas, algumas faltam 15, 20%."
Lula disse ainda "não quer saber de quem é a obra e em que período de governo ela foi feita".
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“O dado concreto é que a gente vai tentar acabar tudo aquilo que estava começado e que ficou parado. E a gente não quer saber de quem é a obra e em que período de governo ela foi feita. A gente quer saber se a obra é de interesse da cidade ou do Estado. E em cada viagem que eu for para o Estado, pretendo comunicar ao deputado dos estados, aos senadores, que se quiser acompanhar, terá lugar”.
O presidente também relatou as viagens que pretende fazer nacionalmente. No dia 14, a expectativa é de que Lula viaje para Santo Amaro, na Bahia, para o relançamento do Minha Casa Minha Vida. No dia 15, segue para Sergipe para a retomada de obras de estradas. Após o Carnaval, o petista visitará outros estados anunciando investimentos como a volta do programa Água para Todos, que reúne medidas preventivas e corretivas contra a seca, sobretudo nas zonas rurais, devendo iniciar pela Paraíba.
“Dia 14 me parece que tem uma na Bahia, inauguração do Minha Casa Minha Vida. Da Bahia, eu vou para Sergipe e, a partir daí, vamos viajar toda semana para muitos estados na perspectiva de que a gente coloque a roda gigante da economia para funcionar”.
Lula completou que, caso, consiga concluir ao menos parte das obras, “a economia brasileira não seja o desastre previsto pelo FMI na última avaliação”.
“Se a gente conseguir fazer com que todas as obras que estão parada comecem a funcionar e a gente termine alguma delas, a gente pode contribuir para que a economia brasileira não seja o desastre previsto pelo FMI na última avaliação deles”.
Se referindo aos parlamentares presentes na reunião, disse que todos "têm a chance de mostrar ao Brasil que é possível uma convivência democrática na diversidade” e que “todo o governo tem o direito de estabelecer sua política econômica”. Lula não citou diretamente as críticas que vem fazendo ao Banco Central, mas disse que seu programa de governo foi eleito pela população brasileira.
“Nós temos que mostrar ao Brasil que nós fomos eleitos porque no dia da eleição o humor da sociedade brasileira e a quantidade de informações que o povo brasileiro tinha, permitiu que a gente chegasse aqui. Quem sabe outra eleição não permita, permita outra conjuntura. Mas o dado concreto é que ninguém tem que ter vergonha de ser deputado ou senador ou que foi eleito por isso e por aquilo", declarou.
"Foram eleitos pelo povo brasieliro e, portanto, todos vocês e todo o governo tem o direito de estabelecer sua política econômica, tem o direito de estabelecer a sua política social e nós temos que tentar fazer dentro da nossa possibilidade aquilo que foi o propósito pelo qual ganhamos as eleições. Houve um programa, houve um discurso e houve uma votação e o resultado somos nós”, concluiu, emendando que o encontro marca “uma nova relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo”.
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