ALVO DE INVESTIGAÇÃO

Morando na Noruega, ex-mulher de Bolsonaro perde nacionalidade brasileira

Ana Cristina disputou por vaga como deputada distrital, mas não conseguiu se eleger. Ela é alvo de investigação pela PF por compra de mansão avaliada em R$ 3 milhões

Correio Braziliense
postado em 07/02/2023 14:35
 (crédito: Facebook/Reprodução)
(crédito: Facebook/Reprodução)

A ex-mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mãe de Jair Renan, Ana Cristina Siqueira Valle, perdeu a nacionalidade brasileira por ter adquirido a norueguesa. A portaria foi publicada na segunda-feira (6/2) e é assinada pela coordenadora substituta de processos migratórios,Martha Pacheco Braz.

A portaria é respaldada no parágrafo 4º do artigo 12 da Constituição Federal. "Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional ou adquirir outra nacionalidade".

Ana Cristina disputou por vaga como deputada distrital na Câmara Legislativa em 2022, mas não conseguiu se eleger. Ela viajou à Noruega ainda em outubro do ano passado. Em março de 2021, Ana Cristina foi nomeada como assessora parlamentar da então deputada federal - hoje governadora do DF em exercício - Celina Leão (PP).

Ana Cristina e outros 17 familiares são investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por rachadinhas nos gabinetes de Flávio e Carlos Bolsonaro. Segundo revelou o portal Uol, ela também é investigada pela Polícia Federal por uma compra de mansão avaliada em R$ 3 milhões em Brasília com uso de "laranja" (pessoa que empresta o nome para transações financeiras fraudulentas).

O Correio tentou contato com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para saber como serão as tramitações das investigações, já que Ana Cristina perdeu a nacionalidade brasileira. Mas até a publicação desta matéria o jornal não obteve resposta. O espaço segue aberto.

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