SEM PALANQUE

Carlos Viana culpa Bolsonaro por saída do PL: 'Me senti traído e abandonado'

Senador esperava o apoio do ex-presidente na disputa pelo Governo de Minas Gerais nas eleições de 2022; declaração foi feita durante entrevista à CNN Brasil

Estado de Minas
postado em 05/02/2023 19:25 / atualizado em 05/02/2023 19:25
 (crédito: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
(crédito: Edésio Ferreira/EM/DA Press)

O senador Carlos Viana, agora na sigla Podemos, explicou neste domingo (5/2), em entrevista à CNN Brasil, que deixou o Partido Liberal (PL) por ter se sentido "traído e abandonado" pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"A proposta era: eu seria candidato a governador de Minas Gerais, fazendo um palanque para o presidente Bolsonaro no estado. Me comprometi e cumpri com a minha palavra até o último minuto. Na primeira aparição pública que tivemos, Bolsonaro levantou o braço do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e daí para frente passou a dizer que time que está ganhando não se muda", declarou Viana à reportagem de Diego Mendes e Ludmila Candal na CNN.

A troca de partido ocorreu na última quarta-feira (1/1), mesmo dia em que o também senador por Minas Gerais Rodrigo Pacheco (PSD) foi reeleito presidente da Casa parlamentar.

PSD supera PL

Com as novas filiações de parlamentares desde as eleições do ano passado, o PSD será o maior partido da Casa no início desta nova legislatura, com 15 senadores. O PL, com 12, começa o ano como a segunda maior bancada.

A inversão entre as duas siglas foi resultado das movimentações partidárias, nas quais o PSD filiou quatro novos membros. Ainda em dezembro, acrescentou a senadora Zenaide Maia (RN), ex-PROS, e tirou do PL o senador Dr. Samuel Araújo (RO). Nesta semana, foi a vez de as senadoras Eliziane Gama (MA), ex-Cidadania, e Mara Gabrilli (SP), ex-PSDB, migrarem para o partido.

Outras trocas também contribuíram para este cenário. Em dezembro, o senador por Minas Gerais Cleitinho Azevedo trocou o PSC pelo Republicanos. Em janeiro, dois senadores do Podemos passaram para o PSB: Flávio Arns (PR) e Jorge Kajuru (GO).

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