A morte de Glória Maria foi lamentada pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que destacou a importância da jornalista para a comunidade negra, especialmente as mulheres. Ícone da TV brasileira, a apresentadora sofreu complicações de um câncer no cérebro.
Também formada em jornalismo, a ministra exemplificou a influência da profissional, citando um episódio ocorrido com ela quando era recém-formada. “Logo após a formatura, fiz uma entrevista em uma emissora renomada do Rio e me disseram que eu não tinha rosto para bancada. Quando eu via a Glória Maria na TV, eu pensava ‘pelo menos ela segue inspirando outras mulheres’”, relembrou Anielle. Ela foi a entrevistada desta quinta-feira (2/2) do programa CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília.
Anielle também abordou as iniciativas da pasta na área da empregabilidade. Segundo ela, está em construção um banco de currículos para profissionais negros e transsexuais para vagas nos ministérios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O grupo “Elas no Orçamento” forneceu uma primeira lista de profissionais indicados aos cargos no Ministério da Fazenda.
Confira entrevista (começa aos 11 minutos)
Durante a formação de sua equipe, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, relatou “dificuldade” em encontrar profissionais femininas da área para compor a equipe. “Quando veio essa solicitação para essa área, nós filtramos e entregamos nomes de mulheres negras que compunham essa lista”, relatou Anielle.
“Paralelo a isso, o ministro Alexandre Padilha já tinha nos pedido uma lista de indicação, também na área de comunicação. Depois, nós fizemos uma lista com as pessoas trans e travestis agora, no dia da visibilidade. [...] A nossa ideia é trazer a ideia no país inteiro de que as pessoas negras estão qualificadas nas mais diversas áreas”, explicou a ministra.
Transversalidade
Também durante a entrevista, Anielle chamou atenção para o uso do conceito de transversalidade entre as pastas nas ações do atual governo. Para ela, existem urgências nas políticas públicas para a população negra que devem ser tratadas com maior empenho da administração.
“Eu fiz essa fala na reunião ministerial. Todo mundo falava de transversalidade. Eu disse: ‘olha, a gente tem que pensar passos concretos’. [...] Não basta falar ‘vamos trabalhar transversalmente sem que a gente tenha um primeiro passo’”, apontou.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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