A ex-ministra dos Direitos Humanos e senadora Damares Alves (Republicanos-DF) se irritou ao ser questionada por jornalistas sobre a situação dos ianomâmis: "O que você quer saber?". A comunidade sofreu com desnutrição, incluindo crianças de até cinco anos, aumento dos casos de malária e ataques de garimpeiros ao longo do governo de Jair Bolsonaro (PL).
“Os ianomâmi vivem uma situação de calamidade há dezenas de anos”, afirmou a senadora recém diplomada ao ser perguntada pelo Estadão sobre como ela avalia a situação dos indígenas. A parlamentar também afirmou que só vai responder às acusações na Justiça.
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Em 2022, a pasta comandada por Damares até o fim de março chegou a destinar 70% da verba, que deveria ir para a saúde dos indígenas, ao táxi aéreo. O valor supera R$ 41 milhões.
A pasta, atualmente sob o comando do professor Silvio Almeida, realizou um levantamento que informa que a gestão Bolsonaro não atendeu as recomendações de órgãos internacionais, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, sobre a saúde dos ianomâmis.
Há pelo menos 22 casos em que o governo anterior omitiu violências ou recomendações feitas pela entidade. Os documentos analisaram informações de 2019 a 2022, época em que Damares esteve à frente da pasta.
A ex-ministra assumiu a vaga de senadora pelo Distrito Federal nesta quarta-feira (1/2), em cerimônia na casa legislativa.
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