O senador Davi Alcolumbre (União-AP), aliado de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou a postura de Rogério Marinho (PL-RN) no enfrentamento ao candidato reeleito, com 49 votos a 3,2 ao cargo de presidente do Senado. Segundo o ex-presidente do Casa Maior (2018-2020), Marinho não apresentou propostas, “agrediu colegas” em discursos de campanha e mencionou críticas do governo Bolsonaro a seu trabalho na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“No plenário, quando a gente se candidata a algum cargo importante a gente se compromete a apresentar propostas para aquele cargo”, disse. “A minha opinião é que quando ele começa a agredir colegas senadores eles não lembram que no governo do candidato que apoia ele, que é o ex-presidente Bolsonaro, muitas matérias foram solicitadas à CCJ que desse celeridade. Então, muitas das matérias que não tramitaram na CCJ foram porque despediram celeridade e eu atendi o pedido do governo, do mesmo governo que apoiou esse candidato que me criticou”, acrescentou.
Alcolumbre teceu elogios a Pacheco, disse que o presidente do Senado é “equilibrado, respeito e defensor da democracia”, e venceu por ser “o melhor candidato”. Segundo Davi, houve uma postura “agressiva e desleal” da candidatura de Rogério Marinho.
“Venceu um candidato que repudia os atentados e os eventos antidemocráticos que se posiciona com altivez na estatura do cargo do presidente do Congresso, isso é importante. O presidente Rodrigo Pacheco foi eleito pela maioria dos senadores numa disputa agressiva, ofensiva desleal do adversário dele”, disse.
O ex-presidente do Senado também comentou o envolvimento do nome dele em "ataques feitos por Marinho". Senadores como Alessandro Vieira (PSDB-SE) e o líder do próprio PSD, Nelsinho Trad (MS), apontaram a proximidade de Rodrigo com Davi como um dos motivos para apoiar a candidatura de Marinho.
“Colocaram o meu nome no meio do processo há uma semana, a campanha do candidato Rogério Marinho há uma semana, esqueceu de falar do presidente Rodrigo pra falar do ex-presidente Davi. Eu sou apenas um eleitor, um apoiador e um cabo eleitoral de um bom candidato. Por isso eu não posso ser penalizado por isso, eu fui agredido e ofendido há sete dias pela campanha adversária. Mas o resultado provou que na agressão não se constrói, tanto que o presidente Pacheco teve quase 50 votos”, afirmou.
Davi Alcolumbre foi um dos principais articuladores da campanha de Pacheco na eleição ao Senado em 2020. No pleito desta quarta-feira, o senador amapaense também teve atuação relevante, mas outros senadores, principalmente aliados do governo, também fizeram um forte trabalho de articulação em prol do senador por Minas Gerais.
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