Ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL) e eleito governador de São Paulo com o apoio do ex-presidente, Tarcísio de Freitas afirmou que ele e Lula são sócios para promover o desenvolvimento do país. A declaração foi feita a um grupo de empresários do agronegócio em um evento da XP Investimentos nesta quarta-feira (1º/2).
"Para o Brasil ir bem, São Paulo tem que ir bem. Agora eu e o presidente Lula somos sócios", disse. O governador compartilhou com os participantes do evento os projetos que tem em vista para promover o crescimento econômico do estado. Um deles, a privatização do Porto de Santos (SP), depende do aval do governo federal e Tarcísio garantiu que Lula está aberto ao diálogo.
"Estamos colocando os argumentos (para a privatização). Tive oportunidade de falar isso com o presidente Lula. Ele disse 'sou contra, mas estou pronto para receber argumentos, para ser convencido, eventualmente se a gente perceber que o projeto é bom, eu posso mudar de opinião, não tenho dogma em relação a isso'", disse Tarcísio a jornalistas no evento da XP.
O governador disse, ainda, que pretende se encontrar com o ministro de Portos e Aeroportos Márcio França para discutir a questão. Tarcísio comentou que a união com o governo poderia trazer à tona projetos importantes para o país.
"Imagina São Paulo e o governo federal unidos num projeto que é importante para o Brasil, para São Paulo, para a Baixada Santista e você conduzir esse projeto conjunto mesmo estando em campos políticos opostos", disse.
Desde o início do mandato de Tarcísio e Lula, em janeiro de 2023, os dois já se encontraram três vezes. O primeiro encontro foi em 9 de janeiro, um dia após os atos golpistas nas sedes dos Três Poderes, durante a reunião do presidente com os governadores.
Um dia depois, ele teve uma reunião privada com Lula e alguns ministros, na qual Tarcísio tratou da privatização do porto e de outras obras previstas pelo governador. Após o encontro, Lula publicou uma foto apertando as mãos do governador nas redes sociais.
Em 27 de janeiro, foi o último encontro dos políticos, durante uma reunião de governadores, na qual Tarcísio levou demandas sobre a saúde do estado, como perdão ou renegociação de dívidas de hospitais filantrópicos, reajuste da tabela do SUS e apoio para obras de mobilidade.
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