Congresso

Líder do PSD afirma que haverá dois votos de seu partido contra Pacheco

Sem citar nomes, Otto Alencar disse que serão duas dissidências, apesar de três senadores terem apontado publicamente que vão votar em Marinho

Kelly Hekally - Especial para o Correio
postado em 01/02/2023 11:56 / atualizado em 01/02/2023 11:57
Rodrigo Pacheco tenta se manter na presidência do Senado -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Rodrigo Pacheco tenta se manter na presidência do Senado - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Líder do PSD por pelo menos um ano na 57ª legislatura do Senado, que se inicia nesta quarta-feira (1º/2), Otto Alencar, da Bahia, afirma que seu partido mantém a projeção de dois dissidentes na votação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a recondução à presidência da Casa. O senador disputa o cargo com Rogério Marinho (PL-RN), que tomou fôlego desde o fim da semana passada.

Otto Alencar, apesar de questionado se seriam três dissidentes, reforçou que seu cálculo apresenta dois parlamentares, ou seja, um a menos, e justificou o apoio a Marinho como sendo “questões regionais”. As declarações foram dadas na manhã de hoje, na Câmara dos Deputados.

O líder participa da posse de deputados em razão de seu filho, Otto Alencar Filho, ter sido eleito em 2022 (PSD-BA).

A partir da previsão do parlamentar, um dos que trabalham pela reeleição de seu correligionário, 13 votos devem ser destinados à manutenção de Pacheco no posto mais importante do Congresso Nacional. A bancada tem 15 integrantes, a maior do Senado.

Em coletiva, Nelsinho Trad (PSD-MS), cujo histórico parlamentar na 56ª legislatura foi de alinhamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sobretudo como líder em 2022. Lucas Barreto (PSD-AP) e Dr. Samuel Araújo (PSD-RO) declararam voto ao lado de Marinho em coletiva de imprensa nesta terça-feira (31/1).

A votação para presidência do Senado está prevista para esta tarde, às 15h30, e terá também Eduardo Girão (Podemos-CE) na briga. A projeção de vitória permanece para Pacheco, apontam seus aliados, mas vem sendo desmontada pelo grupo de Marinho, que está sendo apoiado formalmente por PL, PP e Republicanos, mas conta com sinalizações entre União Brasil, Podemos e PSDB, além do PSD.

Do lado de Pacheco, está o apoio blocado do PT e PSB e de partidos que apoiaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como MDB e União Brasil, este com cargos no governo.

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