O presidente da Câmara e candidato à reeleição, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira (31/1), em entrevista à Globo News, que qualquer ato radical, seja de governo de direita ou de esquerda, não contará com posição favorável da Casa.
"Na questão dos atos antidemocráticos, de vandalismo, de terrorismo, a Câmara se posicionou firme", disse Lira, em relação aos atos registrados em Brasília no dia 8 de janeiro. Ele afirmou que foram constatadas pela polícia legislativa mais 41 pessoas que participaram dos movimentos golpistas e todas serão entregues amanhã à Procuradoria Geral da República (PGR).
Ele destacou que nunca ninguém lhe ouviu falar de qualquer candidato que ele se oponha ou defenda. Disse ainda que, à frente da Casa, vai continuar apoiando as mesmas pautas de governo que foram trabalhadas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Se tivermos que ampliar campo social, vamos ampliar sempre com responsabilidade", ponderou, em sinalização à preocupação com a saúde das contas públicas e o crescimento econômico do País.
Posturas radicais apareceram após resultado eleitoral
Arthur Lira também afirmou à Globo News que as posturas radicais praticadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apareceram "praticamente" depois do resultado eleitoral.
Ao distanciar-se do bolsonarismo radical e de algumas bandeiras do ex-chefe do Executivo, Lira reforçou que sempre defendeu as urnas eletrônicas e pôs fim ao tema do voto impresso depois que foi rejeitado na Casa. Ele destacou ainda que atos antidemocráticos nunca tiveram seu apoio. "Os meus limites sempre foram claros. Qualquer governo tem multifacetas", disse, ao completar que apoiou a "face liberal" do ex-presidente.
Lira disse ainda que, nos últimos dois anos, não foram votadas pautas de costumes, que são as principais bandeiras do bolsonarismo. "Demos oportunidades de essas pautas virem a discussão porque todo parlamentar representa uma camada da população", esclareceu, reforçando que temas polêmicos não tiveram convergência na Casa.
Ele destacou que, ao longo do seu mandato na Casa, sempre defendeu os movimentos da maioria. Para a próxima legislatura, o líder disse estar em conversa harmônica com deputados para dar demonstração de pacificação interna.
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