O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) respondeu à fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chamou o ex-presidente Michel Temer (MDB) de "golpista", em referência ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A declaração de Lula foi dada nessa quarta-feira (25/1), durante uma entrevista coletiva em Montevidéu, no Uruguai.
Para a sigla, o presidente ter chamado o impeachment de Dilma de golpe foi um ataque à democracia, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, eles alegam que a fala de Lula "incentiva o ataque a instituições".
"Infelizmente é preciso repetir. Quem chama o Impeachment de Dilma de Golpe ataca a democracia no Brasil, o Congresso e o STF. É um discurso extremista e incentiva o ataque às instituições", publicou o PSDB nas redes sociais, ontem.
Impeachment de Dilma
O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi aprovado na Câmara dos Deputados por 367 votos a favor, contra 137 deputados que votaram contra. Na época, todos os 52 parlamentares do PSDB que compunham a Casa Legislativa votaram a favor do afastamento da ex-presidente.
Já no Senado, 61 senadores votaram a favor, contra 20 parlamentares. Assim como na Câmara, todos os senadores do PSDB votaram a favor do impeachment. Ao todo, 11 parlamentares.
Deputados e os senadores a favor do impeachment de Dilma
Deputados
- Rocha (AC)
- Pedro Vilela (AL)
- Arthur Virgílio Bisneto (AM)
- Antonio Imbassahy (BA)
- João Gualberto (BA)
- Jutahy Junior (BA)
- Raimundo Gomes De Matos (CE)
- Izalci (DF)
- Max Filho (ES)
- Célio Silveira (GO)
- Fábio Sousa (GO)
- Giuseppe Vecci (GO)
- João Castelo (MA)
- Bonifácio De Andrada (MG)
- Caio Narcio (MG)
- Domingos Sávio (MG)
- Eduardo Barbosa (MG)
- Marcus Pestana (MG)
- Paulo Abi-Ackel (MG)
- Rodrigo De Castro (MG)
- Elizeu Dionizio (MS)
- Geraldo Resende (MS)
- Nilson Leitão (MT)
- Nilson Pinto (PA)
- Pedro Cunha Lima (PB)
- Betinho Gomes (PE)
- Bruno Araújo (PE)
- Daniel Coelho (PE)
- Luiz Carlos Hauly (PR)
- Nelson Padovani (PR)
- Paulo Martins (PR)
- Otavio Leite (RJ)
- Rogério Marinho (RN)
- Mariana Carvalho (RO)
- Shéridan (RR)
- Elson Marchezan Junior (RS)
- Geovania De Sá (SC)
- Marco Tebaldi (SC)
- Bruna Furlan (SP)
- Bruno Covas (SP)
- Carlos Sampaio (SP)
- Duarte Nogueira (SP)
- Eduardo Cury (SP)
- Floriano Pesaro (SP)
- João Paulo Papa (SP)
- Mara Gabrilli (SP)
- Miguel Haddad (SP)
- Ricardo Tripoli (SP)
- Samuel Moreira (SP)
- Silvio Torres (SP)
- Vanderlei Macris (SP)
- Vitor Lippi (SP)
Senadores
- Aécio Neves (MG)
- Aloysio Nunes (SP)
- Antonio Anastasia (MG)
- Ataídes Oliveira (TO)
- Cássio Cunha Lima (PB)
- Dalírio Beber (SC)
- Flexa Ribeiro (PA)
- José Aníbal (SP)
- Paulo Bauer (SC)
- Ricardo Ferraço (ES)
- Tasso Jereissati (CE)
Temer golpista
Durante visita ao Uruguai, Lula disse ter herdado um país "semidestruído" e que isso o obriga a estabelecer metas para o Brasil. Lula chamou Temer de "golpista" ao citar que todo o benefício social que os governos petistas implementaram no país foi destruído.
"Hoje, o Brasil tem 33 milhões de pessoas passando fome. Significa que quase tudo que fizemos de benefício social no meu país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos, ou em sete anos, nos três do golpista Michel Temer, e quatro, do governo Bolsonaro", disse Lula.