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Congresso

PT pressiona Lira e tenta negociar presidência da CCJ da Câmara

Nome de Rui Falcão, presidente da sigla entre 2011 e 2017, é cotado internamente para o cargo da comissão mais importante da Casa

O PT pressiona Arthur Lira (PL-AL) para ter assento estratégico na cúpula da Câmara dos Deputados durante a 57ª legislatura, abrindo mão, nas negociações com o presidente da Casa, de um lugar na Mesa Diretora em troca da presidência da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ). A legislatura tem início no próximo dia 1º.

O nome de Rui Falcão, eleito pelo PT de São Paulo e presidente da sigla entre 2011 e 2017, é cotado internamente para o cargo da comissão mais importante da Câmara. Regimentalmente, a sigla pode forçar um lugar na vice-presidência, por ser a segunda em número de deputados federais, com 80, considerando a federação PT, PV e PCdoB.

Os alinhamentos entre os caciques das legendas para as eleições internas, também no dia 1º, acontecem num bojo em que Lira é favorito, isoladamente, à recondução. A disputa pelo comando da Casa, até o momento, tem apenas Lira e Chico Alencar (PSol-RJ) no confronto.

Líder do governo, José Guimarães já afirmou que Lira é, irrefutavelmente, o candidato de seu partido. “Da nossa parte, não haverá outro nome”. Ao Correio na última segunda-feira (25/1), a líder da bancada do PSol, Sâmia Bomfim, disse que a candidatura da sigla foi lançada porque um "Lira com 'hiperpoderes' não é bom para o governo Lula".

Apego ao PL

Lira investe na boa governança e trânsito que tem desde que assumiu, em 2021, a presidência, capitaneado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem tem procurado se descolar sem perder o apoio de partidos de raízes bolsonaristas, como PL e PP, a fim de tornar segura sua escolha à reeleição.

A primeira vice da Câmara, por exemplo, está sendo negociada por Lira junto ao PL. O nome que deve ficar com o posto é o de Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), em substituição ao de Lincoln Portela (PT-MG). Ambos são alinhados às pautas conservadoras, o que pode ser um agravante ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo de tramitação de pautas.

Lira, que deve gastar todos os seus próximos dias com as articulações da chapa da Mesa Diretora e dos blocos partidários, tem reunião prevista com o PL para o próximo dia 30, permanecendo, assim, em Brasília, a despeito do recesso parlamentar.

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