A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (24/1), a 2ª fase da Operação Corsários, com o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão. Eles foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já que a ação pode estar relacionada a autoridades com foro privilegiado, segundo informou em nota a PF, que não indicou os alvos das ações.
A operação Corsários, em sua primeira fase, investigou desvios em contratos da Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa), empresa pública federal responsável pela operação do porto de Vitória. Segundo a PF, os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos naquele estado, além de São Paulo e no Distrito Federal.
A investigação procura apurar crimes de peculato, crimes licitatórios, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Primeira fase investigou Rose de Freitas
Na primeira fase da operação, um dos alvos foi a senadora, não reeleita, Rose de Freitas (MDB-ES), que chegou a ter o seu irmão preso temporariamente em maio de 2012. O envolvimento de uma senadora da República, que tem prerrogativa de foro, fez com que os mandados fossem expedidos pelo ministro Kassio Nunes Marques, do STF.
De acordo com a PF, a Operação Corsários foi iniciada com o recebimento de uma denúncia de exigência de vantagens ilícitas por servidores da Codesa em contratos de locação de veículos. As apurações revelaram a existência de uma organização criminosa infiltrada na empresa pública. Com a indicação de pessoas de confiança do grupo para postos chaves, possibilitou-se a interferência em contratos e assim superfaturamento e desvio dos valores.
Segundo a corporação à época, a primeira fase da operação, em 2021, apurou que, somente em dois contratos, os valores supostamente desviados poderiam chegar a R$ 9 milhões.
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