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Argentina

Celac: Lula cita atos terroristas em Brasília e repudia violência política

Em discurso na Argentina, o presidente Lula citou os atos golpistas e terroristas ocorridos no último dia 8, na Praça dos Três Poderes e agradeceu o apoio recebido por outros países

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta terça-feira (24/1), da 7ª cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Buenos Aires, na Argentina. Em discurso, o chefe do Executivo citou os atos golpistas e terroristas ocorridos no último dia 8, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, agradeceu o apoio recebido por outros países e repudiou o extremismo e a violência política.

“Quero aproveitar para agradecer a todos e a cada um de vocês que se perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras, ao longo destes últimos dias, em repúdio aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília. É importante ressaltar que somos uma região pacífica, que repudia o extremismo, o terrorismo e a violência política”, apontou.

Lula citou ainda que “a maior parte desses desafios, como sabemos, é de natureza global, e exige respostas coletivas”. “Não queremos importar para a região rivalidades e problemas particulares. Ao contrário, queremos ser parte das soluções para os desafios que são de todos”.

Energia

O presidente Lula destacou ainda que o Brasil tem capacidade especial para participar de forma vantajosa da transição energética global. “Temos matrizes energéticas diversificadas e potencial de crescimento em energias renováveis e limpas”.

“Além disso, temos em nossos territórios alguns dos principais biomas; dispomos de recursos naturais estratégicos, como os minerais críticos; conservamos parcela significativa da biodiversidade do planeta; e somos uma potência em recursos aquíferos, chave para o futuro da humanidade”, emendou.

Lula apontou ainda que a cooperação de fora da região da América do Sul e Latina em relação ao meio ambiente “é muito bem-vinda”, mas que “são os países que fazem parte desses biomas que devem liderar, de maneira soberana, as iniciativas para cuidar da Amazônia. Por isso, é crítico que valorizemos a nossa Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, a OTCA”.

O chefe do Executivo seguiu ressaltando a importância da integração dos países regionais e citou as dificuldades em meio à pandemia de covid-19.

“As diversas crises que vivemos hoje no mundo demonstram o valor da integração. A pandemia da covid-19 evidenciou os riscos associados à excessiva dependência que temos de insumos fundamentais para o bem-estar de nossas sociedades”.

“Isso não significa que devemos nos fechar ao mundo. Salienta apenas que essa integração será feita em melhores termos se estivermos bem integrados em nossa região. Temos de unir forças em prol de melhor infraestrutura física e digital, da criação de cadeias de valor entre nossas indústrias e de mais investimentos em pesquisa e inovação em nossa região”.

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