A chapa que vai tentar levar Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à recondução da presidência do Senado estima ter mais de dois terços dos votos da composição da Casa, contando com entre 55 e 60 votos favoráveis à permanência do parlamentar eleito por Minas Gerais como presidente do Senado e, por conseguinte, do Congresso Nacional. A projeção está entre 15 e 20 votos contrários.
O grupo que vai se lançar à Mesa Diretora, ainda em montagem, pode contar inclusive com nomes do PL, que lançou candidatura própria ao cargo, com Rogério Marinho, do Rio Grande do Norte e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) — o partido de Valdemar Costa Neto ainda não fechou questão sobre ser oposição blocada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deve se dividir no apoio a Rogério Marinho, assim como a bancada do União Brasil na Casa.
“Essa candidatura ‘alternativa’ representa a pauta das armas, redução da maioridade penal, avanço do garimpo sobre as terras indígenas. Se os senadores entenderem que essas pautas golpitas representarem o país, o voto é livre”, afirmou ao Correio uma das fontes.
Proposições de avanço do agrotóxico no país e homeschooling são pautas paradas no Congresso por ausência de consenso para avançarem. “A eleição do Senado se resume aos 81 senadores”, ponderou outra fonte, sinalizando que a maioria dos parlamentares não está disposta a apoiar Rogério Marinho. “Nem todos do PL e uma minoria ínfima do União.” Os votos para a Presidência são secretos.
"Bem encaminhada"
A partir deste ano, com a renovação de um terço da Casa, as quatro maiores bancadas serão PL, PSD, União Brasil e MDB. Questionada sobre se há espaço para uma eventual unanimidade, outra fonte disse que a reeleição “está bem encaminhada”.
A reportagem apurou também que o líder do PT no Senado, Jaques Vagner, da Bahia, trabalha com empenho para a recondução do senador, que fez apoio a Lula, ainda que discreto, nas Eleições 2022. Uma das sinalizações mais contundentes foi receber o petista na Residência Oficial (RO) do Senado enquanto Lula ainda era candidato presidencial, no segundo semestre do ano passado.
À época, parlamentares do PT e de siglas próximas comentaram que Rodrigo Pacheco teria ficado “impressionado” com Lula. O apoio à recondução é uma resposta a essa sinalização ao chefe do Executivo. PSD, PT, MDB, União, PDT, PSDB, Rede e Cidadania, pelo menos, estão com Rodrigo Pacheco, complementa um dos ouvidos.
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