Jornal Correio Braziliense

Exoneração

Lula reúne-se com ministros no Planalto após troca no comando do Exército

Lula, que estava em viagem a Roraima, chegou a Brasília no início da noite deste sábado (21/1) e foi ao Planalto — onde ocorre a reunião

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está reunido na noite deste sábado (21/1) com ministros do Planalto para tratar da troca do comando do Exército. Estão presentes o ministro da Defesa, José Múcio, e chefe da Casa Civil, ministro Rui Costa. O encontro ocorre no Palácio do Planalto.

O general Júlio César Arruda foi exonerado neste sábado (21) do comando do Exército em meio à tensão entre o Executivo e as Forças Armadas. A demissão foi motivada pela resistência do general em relação à punição de militares envolvidos nos atos antidemocráticos e pela recusa de Arruda em demitir o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, do comando do 1º Batalhão de Ações de Comandos (BAC), em Goiânia. Mauro Cid é acusado de operar um esquema de recursos financeiros não contabilizados e não declarados aos órgãos de fiscalização dentro do Planalto durante o governo Bolsonaro.

Lula estava em Roraima e chegou a Brasília no início da noite. Procurados, integrantes do governo não confirmaram a demissão de Arruda, mas disseram que o presidente estava a caminho da capital e que falaria com os ministros assim que chegasse. Após a reunião, é esperando um posicionamento oficial do governo.

O novo comandante do Exército será o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que atualmente lidera o Comando Militar do Sudeste. Ribeiro Paiva ganhou destaque após discurso à sua tropa na última quarta-feira (21/1), no qual pediu respeito ao resultado das urnas.

"Ser militar é isso. É ser profissional, é respeitar a hierarquia e a disciplina. É ser coeso, é ser íntegro, é ter espírito de corpo. É defender a pátria, é ser uma instituição de Estado, apolítica, apartidária. Não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito", disse o comandante em cerimônia de homenagem a militares mortos no Haiti. "É não ter corrente. Isso não significa que o cara não seja um cidadão, que não possa exercer o seu direito, ter sua opinião. Ele pode ter, mas não pode manifestar", completou.

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