O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que condena os ataques terroristas de 8 de janeiro em Brasília, perpetrados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O texto foi aprovado na quinta-feira (19/1) por 319 votos favoráveis e 46 contra. Apesar de não ter força de lei, ele aumenta o isolamento internacional do ex-chefe do Executivo.
“O Parlamento expressa solidariedade com o presidente democraticamente eleito Lula da Silva, com seu governo e com as instituições brasileiras e condena nos termos mais fortes as ações criminosas perpetradas pelos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, insistindo que eles aceitem o resultado democrático das eleições”, disseram os deputados em nota.
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Os parlamentares também destacaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), de incluir Bolsonaro nas investigações dos atos antidemocráticos, e citaram o “aumento internacional do fascismo, do racismo e do extremismo”.
“Os eventos em Brasília, a invasão do capitólio americano em 2021 de janeiro, e as prisões em dezembro de 2022, na Alemanha, de 25 pessoas que tentaram restabelecer o Reich Alemão estão conectados ao aumento internacional do fascismo, do racismo e do extremismo”, alertou o Parlamento Europeu. “Os deputados ressaltam a importância de se regular as plataformas de mídias sociais para prevenir a desinformação e os discursos de ódio”, acrescentou.
A resolução será enviada ao governo brasileiro.
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