Em meio a tensão causada pelos ataques do último dia 8 em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne na manhã desta sexta-feira (20/1) com os integrantes da cúpula das três Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Além do ministro da Defesa e dos comandantes das três forças, do Exército, Júlio César de Arruda, da Marinha, Marcos Olsen, e da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, é esperada a participação do Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, General de Exército Laerte de Souza Santos. Também são esperados para o encontro o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.
O clima no Palácio do Planalto é tenso, e a reunião é aguardada com expectativa, pois Lula já admitiu, mais de uma vez, não confiar em parte dos militares. Na entrevista que deu à Globonews, na quarta-feira, o presidente foi categórico ao afirmar que "todos que participaram do ato golpista serão punidos". "Todos. Não importa a patente, não importa a Força de que ele participe."
O entendimento do presidente e de ministros próximos é que há necessidade de pacificar a relação com as Forças Armadas, apesar da participação de militares — por omissão ou conivência — nos atos terroristas. Há relatos, por exemplo, de membros do Batalhão da Guarda Presidencial que tentaram impedir a prisão de bolsonaristas que invadiram o Palácio do Planalto. "Não quero ter problemas com as Forças, não quero que eles tenham problemas comigo. Quero que a gente volte à normalidade. As pessoas estão aí para cumprir suas funções, e não para fazer política", enfatizou Lula, na semana passada.
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