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Kakay sobre intervenção no GDF: 'Fui favorável desde o primeiro momento'

O advogado criminalista falou ainda sobre a importância da responsabilização das pessoas envolvidas e financiadoras dos atos golpistas do último dia 8

Em entrevista ao Podcast do Correio nesta segunda-feira (16/01), o advogado criminalista, Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, afirmou ser favorável a intervenção federal no Distrito Federal, decretada no domingo (8/1). Aos jornalistas Denise Rothemburg e Vinicius Doria, Kakay defendeu que a capital precisa de estabilidade neste momento — após os atos de vandalismo que destruíram o centro político do país. 

"Eu fui favorável desde o primeiro momento pela intervenção no GDF. Até imaginei que teria sido melhor fazer uma intervenção no GDF e não só na segurança", afirmou ao Correio. Segundo Kakay, ainda existe a necessidade do governo punir aqueles que estão envolvidos nos atos, não só de maneira direta, mas também com os financiadores e os que influenciaram de alguma forma a destruição nos Três Poderes. 

"Agora começaram a sair as prisões dos responsáveis. Hoje pela manhã foram presas pessoas de Brasília, pessoas do Rio de Janeiro, pessoas de São Paulo. Essas são as prisões de pessoas que já foram identificadas como sendo financiadoras do golpe. Isso é importantíssimo, você tem que cortar o financiamento. Agora claro, nós temos que chegar também naqueles que eram os coordenadores, aí existe uma certa complexidade.", afirmou. 

"Eu, pra ser sincero, acho que o responsável direto tem que ser responsabilizado, porque o Brasil não pode cometer o erro que fez na redemocratização, quando nós não punimos os terroristas e não punimos os assassinos. Se nós tivéssemos punido, Bolsonaro não seria presidente da república. Bolsonaro quando votou em plenário pela cassação da Dilma, ele evocou o torturador da Dilma, que disse ser 'o brilhante Ustra', ele tinha que ter saído preso dali, ou pelo menos ter tido um processo para cassá-lo. Então eu sou favorável, sem a menor sombra de dúvida, tem que fazer a responsabilização criminal. O país só será pacificado se tiver essa responsabilização.", concluiu Kakay. 

*Estagiária sob a supervisão de Ronayre Nunes

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