Pressionado por membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o procurador-geral da República Augusto Aras criou a Comissão Temporária para Defesa da Democracia. O grupo será formado por 116 procuradores e terá duração mínima de um ano. A resolução foi publicada nesta terça-feira (10/1), como resposta às duras críticas que tem recebido em virtude dos atos antidemocráticos promovidos por grupos extremistas bolsonaristas.
Ao instituir o grupo, o CNMP levou em consideração a missão constitucional do Ministério Público de defesa da ordem jurídica e do regime democrático. A comissão foi formada menos de 48 horas depois dos atos de vandalismo que destruíram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no último domingo (8/01), em Brasília.
Desde que assumiu o comando da PGR, Aras é alvo de críticas por, supostamente, aliviar a mão nos pedidos de investigação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por diversas vezes, membros do Ministério Público se posicionaram de forma contrária ao procurador, gerando uma verdadeira crise institucional no órgão.
Também nesta terça-feira, o PGR solicitou informações à Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) e ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) sobre as providências já adotadas por esses órgãos em relação aos ataques terroristas do último domingo.