Jornal Correio Braziliense

Intervenção Federal

Senadores do DF defendem intervenção federal na capital do país

Izalci Lucas e Leila Barros criticaram atuação de Ibaneis Rocha na condução das forças de segurança do DF durante os atos do último domingo

Senadores da bancada do Distrito Federal votaram a favor da intervenção federal nesta terça-feira (10). Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros lamentaram o ocorrido e fizeram críticas à atuação do Governo do Distrito Federal na missão de proteger a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios no dia do ataque.

A pedetista apontou “cumplicidade” de integrantes do GDF nos atos terroristas. “A ação negligente, incompetente e tardia, talvez cúmplice de alguns do GDF, é injustificável e indefensável. Na verdade, devem ser igualmente apurados e rigorosamente punidos, onde houver, os culpados, diante dos danos irreparáveis causados à cidade e ao nosso país, inclusive danos irreparáveis à nossa imagem perante o mundo”, criticou.

Izalci também fez críticas à atuação do Palácio do Buriti, sede do Executivo em Brasília, mas mostrou-se contrário ao afastamento do governador Ibaneis Rocha por 90 dias do cargo. O tucano disse que está em conversa com lideranças do governo para intervir na situação.

“É evidente que, como parlamentar do DF, é com muita tristeza que a gente tem que votar este decreto favoravelmente. O próprio governador reconheceu publicamente a falha. Mas o Distrito Federal é a capital do país, não pode ser administrada de forma amadora, de forma displicente, porque nós temos uma responsabilidade maior com o nosso país — e está na Constituição — pela segurança pública”, disse.

“ A intervenção federal é oportuna, tendo em vista que o governo do DF não agiu com precaução, faltou interesse maior na defesa do patrimônio e na democracia, e agora, temos até 31 de janeiro para apurar o que aconteceu. Porém, vejo com preocupação esse afastamento, até porque o governador foi eleito pela população, e é preciso dar a ele o direito de defesa. É preocupante o afastamento de pessoas com mandato, de forma monocrática, liminar, sem uma análise mais profunda”, avaliou.