O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, na noite desta segunda-feira (9/1), que todos os ministros do governo Lula deverão apurar o envolvimento de servidores, ocupantes de cargo de confiança e demais funcionários das pastas, nos atos golpistas ocorridos no domingo (8/1), em Brasília.
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A declaração de Padilha foi feita, inicialmente, para a investigação de ligações de funcionários que atuam nas forças de segurança. Para o ministro, por ser um governo de apenas nove dias, “tem pessoas que participam das instituições de segurança e podem estar contaminadas pelo espírito golpista de ontem”, em referência a funcionários nomeados no governo de Jair Bolsonaro (PL) e que ainda permanecem nos ministérios.
“Nessa primeira semana nós temos, certamente, funcionários que ainda estão lá, funcionários que já estavam no governo Bolsonaro; tem pessoas que trabalham no Palácio do Planalto que já estavam no governo Bolsonaro. Então tem pessoas e indivíduos que participam das instituições de segurança e podem estar contaminadas pelo espírito golpista de ontem”, disse.
A declaração foi dada durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira (9/1), em que o ministro das Relações Institucionais foi o convidado da noite. A apuração, no entanto, deve ser feita por todos os ministros.
“Tanto o general Gonçalves Dias (que dirige o Gabinete de Segurança Institucional, o GSI), como qualquer outro dirigente vai buscar avaliar e apurar o envolvimento de qualquer indivíduo das suas instituições que possam ter qualquer tipo de colaboração com os atos terroristas de ontem”, declarou.
Padilha frisou que Gonçalves Dias tem “total confiança” de Lula e também poderá agir para apurar e punir pessoas que trabalham no gabinete e estejam envolvidos. “Foi muito importante a perícia detalhada feita ontem, com o GSI, a Polícia Federal, buscando evidências criminais, digitais, câmeras, registros, para poder punir de forma veemente os terroristas que tentaram atentar contra a democracia brasileira”, acrescentou.
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