Jornal Correio Braziliense

reunião com governadores

Lula presta 'visita de solidariedade' e faz caminhada até o STF

Durante o caminho, o presidente foi questionado se houve falhas na segurança em Brasília durante os atos golpistas, mas respondeu que não irá procurar culpados

Um momento histórico ocorreu nesta noite (9/1), após a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com governadores, líderes do parlamento, prefeitos de capitais, ministros do governo e ministros de Estado. Lula convidou todas as autoridades a caminharem até o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) para “uma visita em solidariedade” à presidente da Suprema Corte, ministra Rosa Weber e aos demais ministros.

O ato inédito foi acompanhado pela imprensa, que caminhou até o local com os presentes. As autoridades entraram nas instalações do Supremo para conferir os estragos realizados por terroristas que atacaram a praça dos Três Poderes no último domingo (8/1). Em meio aos destroços, o presidente da República e os governadores lamentaram o ocorrido.

Ao ser questionado se houve falhas na segurança em Brasília, Lula disse que não irá procurar culpados. “O que eu acho é que houve uma falha porque ninguém esperava aquilo como aconteceu. Foi um ato de vandalismo. Afinal de contas, nós tínhamos tido no domingo anterior a maior festa democrática que Brasília teve conhecimento. Jamais alguém esperava”, disse o presidente em frente ao STF, ao sair do local com autoridades.

Lula disse acreditar que mesmo os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não devem concordar com os atos golpistas. “Eu acho que a maioria da sociedade, mesmo a maioria das pessoas que votaram no Bolsonaro, as pessoas decentes, que são de direita, mas que tem apenas divergência ideológica, que tem caráter, são pessoas que tem interesse pelo Brasil, eu acho que essas pessoas não concordam com o que aconteceu aqui. O que aconteceu aqui deve ser apenas interesse de uma pequena minoria, um bando de vândalos, um bando de bandidos que fizeram isso, e nós vamos descobrir, mais cedo ou mais tarde, vamos descobrir quem financiou”, frisou.

“Eu acho que isso não voltará a ocorrer num futuro próximo, porque a partir do que a gente viu aqui, eu acho que todos nós temos a obrigação de fortalecer a democracia, e isso vai acontecer”, concluiu.

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