O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, nomeado interventor federal da segurança pública do DF pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou a retirada de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do acampamento instalado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Bolsonaristas estavam acampados desde o fim do segundo turno das eleições presidenciais e faziam pedidos antidemocráticos por não aceitarem a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Desativamos o acampamento que funcionou como QG dos atos antidemocráticos inaceitáveis de ontem. Todas as barracas serão retiradas. A área foi retomada e não será permitida a volta de 'manifestantes'. Todos os elementos foram encaminhados para a PF. A lei será cumprida", escreveu Cappelli no Twitter.
No domingo, após os atos de teor golpista que vandalizaram os prédios públicos dos Três Poderes, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu o prazo de 24 horas para a desocupação dos acampamentos, sob pena de "prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime)”.
Os bolsonaristas foram encaminhados para as instalações da Polícia Federal. Segundo o decreto assinado por Lula na noite de domingo (08/01), o objetivo da intervenção federal é pôr fim ao "grave comprometimento da ordem pública no Distrito Federal, marcado por atos de violência e invasão de prédios públicos". A última atualização do boletim da Polícia Civil do DF contabiliza 204 pessoas presas em flagrante por atos terroristas.
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