O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as depredações das sedes dos Três Poderes, neste domingo (8/01), em Brasília, exigiu forte condenação dos responsáveis e elogiou o pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que decretou intervenção federal no Distrito Federal até o dia 31.
"Precisa a declaração do presidente Lula. Os atos criminosos de hoje devem receber forte condenação por parte da sociedade civil", escreveu Haddad, em nota divulgada pela assessoria de imprensa da pasta.
"São pavorosas as imagens de invasões aos prédios dos três poderes. Os criminosos merecem o rigor que a lei exige. O país não suporta mais tantos atos antidemocráticos e violentos", acrescentou.
Os manifestantes saíram do acampamento em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Sul, por volta de 13h30, em direção à Esplanada, com cartazes de: “Forças Armadas, cumpra seu julgamento” e “Para libertar o Brasil do comunismo”. Apesar de não terem sido cadastrados junto à Secretaria de Segurança Pública, a pasta garantiu que os atos públicos seriam monitorados de maneira integrada entre as forças de segurança e outros 29 órgãos.
O ministro está em São Paulo e não acompanhou Lula até a cidade de Araraquara, no interior paulista, que foi a mais atingida pelas chuvas nos últimos dias. A agenda de Haddad de amanhã ainda não foi divulgada pela assessoria. O retorno à Brasília está previsto para às 8h.
Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições de 30 de outubro, invadiram os prédios públicos e saquearam o patrimônio da União sem dificuldade ou resistência da Polícia Militar do Distrito Federal, que recebe mais de R$ 16 bilhões do governo federal, por ano, para fazer a segurança pública da capital do país.
Em pronunciamento, Lula condenou os ataques e criticou a conivência da PM. Ele ainda prometeu punir os responsáveis pelo ato de terrorismo na capital federal.