Jornal Correio Braziliense

'PRESO IMEDIATAMENTE'

Janones defende afastamento e prisão do governador do DF

O deputado defende a prisão de Ibaneis Rocha pela invasão bolsonarista no Congresso Nacional e no STF

O deputado federal André Janones (Avante-MG) culpou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pela invasão de bolsonaristas no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (8/1).

“Esse atentado terrorista tem nome e sobrenome: Ibaneis Rocha! Não basta que esse bandido seja afastado do governo do DF. Ele precisa ser preso imediatamente!”, escreveu o deputado nas redes sociais.

Ontem, sábado (7/1), Ibaneis afirmou que manifestações dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na Esplanada dos Ministérios estariam liberadas desde que fossem realizadas de maneira “pacífica”.

Inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os manifestantes invadiram o Congresso Nacional e o STF. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro pedem intervenção militar.

O salão verde dá acesso à Câmara dos Deputados. Vídeos públicados nas redes sociais mostram vidros quebrados dentro do Congresso.

Vidraças do STF também foram quebradas. Além disso, foi possível ver bolsonaristas dentro fazendo depredações e destruindo câmeras de segurança no teto.

Na rede social Telegram, por onde o grupo radical se organiza, a ordem era invadir o STF na esperança de instauração de um estado de sítio.

Confronto com a Polícia

Manifestantes vestidos de verde e amarelo entraram em confronto com a polícia. Cerca de 100 ônibus com quase 4 mil pessoas saíram de acampamentos em frente ao "QG do Exército".

Imagens do local mostraram que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d'água do monumento.

Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.

Com a posse do presidente Lula, o acampamento dos aliados do ex-presidente em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, foi se esvaziando aos poucos.

Na última semana, em torno de 200 pessoas permaneciam no local. Com a chegada dos ônibus, as manifestações voltaram a se tornar uma preocupação para o novo governo.