Presidentes de partidos políticos repudiaram neste domingo (8/1) a invasão terrorista em Brasília. Manifestantes golpistas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes na Esplanada. Violentos, os criminosos agrediram jornalistas, policiais, atearam fogo nas imediações no Congresso e vandalizaram os prédios públicos.
"O que acontece em Brasília não é movimento de massa, nem espontâneo. É organizado por bandidos, que tem interesses bem objetivos: garimpo ilegal, grilagem, liberação de armas, milícias e outras coisas. Tudo isso abençoado por Bolsonaro. Todos eles desprezam a democracia, as instituições", declarou em suas redes sociais a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Ao longo do dia, a petista denunciou falta de ação por parte do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, contra o ataque.
Os manifestantes saíram do acampamento em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Sul, por volta de 13h30, em direção à Esplanada, com cartazes de: “Forças Armadas, cumpra seu julgamento” e “Para libertar o Brasil do comunismo”. Apesar de não terem sido cadastrados junto à Secretaria de Segurança Pública, a pasta garantiu que os atos públicos seriam monitorados de maneira integrada entre as forças de segurança e outros 29 órgãos.
Já Carlos Siqueira, que preside o PSB, afirmou que "Brasília vive o seu Capitólio com a invasão do Congresso, STF (Supremo Tribunal Federal) e o Palácio do Planalto por baderneiros que cometem crime contra o patrimônio e a democracia. Os vândalos não aceitam o resultado da eleição democrática e defendem atos golpistas. Devem sofrer união da lei, com rigor". Ele também declarou apoio à intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O PT e o PSB compõem a chapa presidencial, sendo o segundo representado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Juliano Medeiros, presidente nacional do PSol, pediu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal exonerado, Anderson Torres, sejam responsabilizados pelos atos. "Queremos que Bolsonaro e Anderson Torres, ambos orquestrando o golpe dos EUA, respondam por seus atos", afirmou em sua conta no Twitter. "Essa semana é preciso demonstrar firmeza. Com terrorista não tem arrego. É preciso determinar a imediata desmobilização dos acampamentos golpistas em todo o Brasil. Chega!", disse também.
O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, divulgou em suas redes sociais uma nota de repúdio assinada pela Executiva Nacional da legenda. "Basta! Nada justifica o vandalismo contra prédios dos Poderes da República em Brasília. A turba irracional abandonou os xingamentos das redes sociais para violentar a Nação brasileira", diz o texto. "Empresariado, classe trabalhadora e demais instituições da sociedade civil precisam estar juntos contra essa barbárie", continuou.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, por sua vez, classificou o ataque terrorista como "inaceitável". "Espero que a Justiça e as forças de segurança tomem as medidas necessárias para punir os responsáveis e que sejam adotadas ações preventivas para evitar que episódios lamentáveis como estes voltem a se repetir", comentou Kassab, em nota enviada à imprensa.
Já o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, em vídeo à imprensa, condenou os atos de terrorismo. "Não podemos concordar com a depredação do Congresso Nacional. Todas as manifestações ordeiras são legítimas. A desordem nunca fez parte dos princípios da nossa nação. Quero dizer a vocês que condenamos veementemente esse tipo de atitude. E que a lei seja cumprida, fortalecendo a nossa democracia", disse.
O PL é o partido do ex-presidente Bolsonaro, apoiado pelos grupos terroristas que invadiram a sede dos Poderes em Brasília neste domingo. Seus líderes e parlamentares reproduzem o discurso, sem provas, de fraude das eleições de 2022, usados como pretexto pelos terroristas para o ataque.
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