O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontou, em discurso neste domingo (8/01), incompetência por parte da segurança do Distrito Federal e afirmou que os criminosos serão punidos.
"Achamos que houve falta de segurança e todas essa pessoas que fizeram isso serão encontradas e punidas".
Lula caracterizou os invasores como fascistas. "Eles vão perceber que a democracia garante o direito de liberdade, de livre expressão, mas também exige que as pessoas respeitem as instituições criadas para fortalecer a democracia. E esses vândalos, que a gente poderia chamar de nazistas fanáticos, stalinistas fanáticos, ou melhor, de stalinista não, de fascistas fanáticos fizeram o que nunca foi feito na história desse país", acrescentou.
E comentou ainda que a esquerda brasileira jamais cometeu atos terroristas semelhantes aos deste domingo, reforçando que os possíveis financiadores também serão punidos.
"Importante lembrar que a esquerda brasileira já teve gente torturada, morta, desaparecida e nunca vocês viram alguma de algum partido de esquerda ou movimento que invadisse o Congresso, o STF, o Planalto. Não tem precedente na história do nosso país do que essa gente fez e elas serão punidas. Vamos descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília e todos eles pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade, antidemocrático e esse gesto de vândalos e fascistas".
"Quem tem que fazer a segurança do DF é a polícia do DF, que não fez. Por incompetência e má fé das pessoas que cuidam da segurança do DF", disse.
E ressaltou: "Esses policiais que participaram disso não poderão ficar impunes e não poderão integrar a corporação porque não são de confiança da sociedade brasileira".
Os manifestantes saíram do acampamento em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Sul, por volta de 13h30, em direção à Esplanada, com cartazes de: “Forças Armadas, cumpra seu julgamento” e “Para libertar o Brasil do comunismo”. Apesar de não terem sido cadastrados junto à Secretaria de Segurança Pública, a pasta garantiu que os atos públicos seriam monitorados de maneira integrada entre as forças de segurança e outros 29 órgãos.
Lula responsabilizou ainda o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por estimular ataques, assim como as siglas que apoiaram o ex-líder do Planalto.
"Aproveitaram o silêncio do domingo, quando ainda estamos montando o governo, para fazer o que fizeram. E vocês sabem que existem vários discursos do ex-presidente estimulando isso. E isso também é responsabilidade dele e dos partidos que sustentaram ele".
"Esse genocida não só provocou isso, estimulou isso como, quem sabe, ainda está estimulando isso das redes sociais. Tem vários discursos do ex-presidente estimulando isso, estimulou a invasão nos três poderes sempre que ele pode", concluiu.
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