A Confederação Nacional da Indústria (CNI) emitiu nota condenando os atos de terrorismo ocorridos neste domingo (8/1), em Brasília, em uma versão tupiniquim da invasão Capitólio, nos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021, com destruição muito maior dos prédios públicos.
Em nota, o presidente da CNI, Robson Andrade, informou que é "veementemente contra todo e qualquer tipo de manifestação antidemocrática" e pediu punição "exemplar" para os responsáveis.
Os manifestantes saíram do acampamento em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Sul, por volta de 13h30, em direção à Esplanada, com cartazes de: “Forças Armadas, cumpra seu julgamento” e “Para libertar o Brasil do comunismo”. Apesar de não terem sido cadastrados junto à Secretaria de Segurança Pública, a pasta garantiu que os atos públicos seriam monitorados de maneira integrada entre as forças de segurança e outros 29 órgãos.
"Os responsáveis pelos atos terroristas devem ser punidos na forma da lei de maneira exemplar."
"O Brasil elegeu seu novo presidente da República democraticamente, pelo voto nas urnas. A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada e honrada. Tais atos violentos são manifestações antidemocráticas e ilegítimas que atacam os três Poderes de maneira vil. O governo e as instituições precisam voltar a funcionar dentro da normalidade, pois o Brasil tem um desafio muito grande de voltar a crescer, gerar empregos e riqueza e alcançar maior justiça social”, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.
A invasão dos bolsonaristas aos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, ocorreu na tarde deste domingo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em Araraquara (SP), onde foi montado um gabinete de crise, fez um pronunciamento chamando os criminosos de "vândalos" e "fascistas fanáticos".