O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pregou nesta sexta-feira (6/1), na abertura de sua primeira reunião ministerial, o bom relacionamento com o Congresso. O chefe do Executivo destacou que o Executivo não manda na Casa, mas possui uma relação de dependência para aprovar projetos.
Lula comentou ainda os acordos políticos envolvendo a indicação dos 37 ministros de sua gestão, e relatou que isso é necessário para a governabilidade.
“Sou grato a todos vocês terem aceito o convite de fazerem parte do governo. Muitos de vocês são resultado de acordos políticos porque não adianta ter o governo tecnicamente mais formado em Harvard possível e não ter um voto na Câmara e no Senado”, alegou.
Confira a reunião ao vivo
Bom relacionamento
O petista pediu ainda boa vontade e paciência por parte de seus ministros para receber as demandas de deputados e senadores. “É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso. E, por isso, cada ministro tem que ter a paciência e grandeza de atender bem cada deputado e senador que o buscar. Senão, quando a gente vai pedir um voto, ele diz: “Não vou votar porque fui em tal ministério e nem me receberam, o ministro não serviu um cafezinho, uma água. Me deu um chá de cadeira de quatro horas. Eu não quero isso”, pontuou.
O presidente reforçou a necessidade de bom relacionamento com o Congresso, independentemente de divergências políticas e ideológicas.
“É necessário manter uma boa relação com o Congresso e cada um de vocês, ministros, tem a obrigação de manter a mais harmônica relação com o Congresso. Não tem importância que você divirja de um senador ou deputado. Quando a gente vai conversar, não está propondo casamento. A gente está propondo aprovar uma aliança momentânea em torno de algum assunto que interessa o povo brasileiro”.
Por fim, afirmou que fará a mais importante relação com o Congresso de seus mandatos.
“Quero dizer que vou fazer a mais importante relação com o Congresso Nacional que eu já fiz. Já tive oito anos na Presidência. Quero dizer ao líderes Jaques Wagner, Guimarães e ao Randolfe que desta vez, não se preocupem, vão ter um presidente disposto a fazer tantas conversas quantas forem necessárias com lideranças, partidos políticos e com os presidentes (Rodrigo) Pacheco e Arthur Lira. Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro”, prometeu. “O governo precisa da boa vontade da Câmara e do Senado, assim vamos governar esses quatro anos."
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